Ex-presidente do Santos é solto após Justiça anular provas de envolvimento com o tráfico de drogas
Aparelho celular onde estariam localizadas as provas do suposto crime foi adquirido de forma irregular pela Polícia Federal
Orlando Rollo, ex-presidente do Santos, foi solto após Justiça invalidar provas adquiridas para comprovar suposto crime de tráfico de drogas. Ele estava preso desde novembro de 2022 suspeito de negociar cargas de cocaína apreendidas pela polícia com uma facção criminosa do Brasil.
Segundo a apuração do site "G1", o celular adquirido pela Polícia Federal para comprovar o envolvimento de Rollo no caso foi apreendido de forma irregular. O aparelho em questão pertence ao advogado João Manoel Armôa, que seria a 'ponte' do esquema entre traficantes e policiais.
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O advogado de Armôa, Eugênio Malavasi, declarou que a prisão do celular foi feita sem um mandado de busca pessoal. Sendo assim, as informações obtidas no aparelho deveriam ser anuladas no processo de investigação.
- Não havia, para aquele dia, autorização judicial para busca pessoal em detrimento do doutor João (Manoel Armôa). Os agentes da lei apreenderam dois telefones [celulares] sem mandado ou pressuposto estabelecido na lei - disse o advogado.
Determinado cenário faz com que as evidências adquiridas através do aparelho celular sejam revogadas. O processo não poderá mais haver certa prova para condenar os envolvidos no esquema, nem mesmo no futuro.
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Orlando Rollo
O ex-presidente do Santos é sócio do clube desde 1993 e já foi conselheiro do clube durante sete mandatos, entre 1999 e 2014 e de 2017 e 2020. Em 2017, Rollo assumiu a vice-liderança da chapa vencedora para a presidência do clube paulista, que era encabeçada por José Carlos Peres. Orlando Rollo presidiu o clube santista durante três meses após o impeachment do companheiro de chapa, antes de Andrés Rueda assumir o cargo de maneira definitiva.
