Exclusiva: Cleber Machado revela motivos para ida ao SBT e aponta aprendizados em experiências pós-Globo
Narrador fará sua estreia na emissora do Silvio Santos nesta terça-feira, pela semifinal da Sul-Americana
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O primeiro duelo entre Corinthians e Fortaleza, pela semifinal da Copa Sul-Americana, terá um gostinho especial e memorável na carreira de Cleber Machado. Isso porque, o narrador retorna à tv aberta para estrear pelo SBT nesta terça-feira (26), às 21h30, após meses atuando no streaming esportivo. Antes de dar o pontapé no mais novo desafio da carreira, o locutor falou com exclusividade com o Lance! sobre projetos, impressões e objetivos profissionais.
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Cleber Machado volta a ter contrato fixo com uma emissora após mais de 30 anos na Globo, de onde saiu em março deste ano. Em entrevista à reportagem do Lance!, o narrador detalhou as motivações que o levaram a escolher o SBT como 'nova casa' em seu retorno à TV aberta.
— Logo que eu sai (da Globo) teve o Campeonato Paulista, na Record, e teve a Amazon Prime Vídeo que estou fazendo. Ai ficou aquela: " O que vai acontecer depois? Será que vai ter proposta? Tem proposta dessa e daquela" e ai chegou essa proposta. Acho que o que mais seduziu, primeiro foi o tipo de chegada do pessoal, que foi muito simpático. O jeito de aproximação e a demonstração do interesse, que foi muito bacana. E a impressão de que o canal, a rede, decidiu que o esporte deve fazer parte da programação. Isso é muito bacana. E os eventos que a rede já tem, que são eventos de duração para o ano inteiro. É um misto de fatores. Todo mundo fala bem da casa, trabalham aqui há muito tempo -, contou.
Nesta terça-feira (26), Cleber Machado vai se tornar a primeira voz 'do alto escalão' a narrar jogos pelas três principais emissoras do país em menos de um ano. Depois de sair da Globo, o locutor cobriu o Campeonato Paulista 2023 pela Record e só assinou com o SBT após transmitir a Copa do Brasil pela plataforma de streaming da Amazon Prime Vídeo.
As mudanças nas transmissões para TV aberta e plataformas de streaming, no entanto, tiveram pouco impacto para Cleber Machado.
— Não teve muito impacto, sabe? Toda vez que eu conversava com meu pessoal, me diziam: "Ah, tem que ter calma, tem que ter paciência e não vale a pena correr". A própria Record demonstrou interesse em uma continuidade do trabalho, mas é muito natural que eles tenham pensado: "Acabou o campeonato em abril e o outro só começa em janeiro, como a gente vai armar a possibilidade de ter?". E mesmo aqui (SBT), a primeira conversa que eu tive foi nesse tom. Não cheguei a sentir falta (TV aberta), não cheguei a ficar na dúvida se ia voltar a rolar. Aconteceram muitas coisas em várias frentes e foi ficando na boa, na paz. Acho que começou a chegar o papo mais concreto em uma hora ideal. Acho que foi em um timing bom (para voltar à emissora) -, avaliou.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
EXPECTATIVA PELA ESTREIA NO SBT
— Sempre positiva, de fazer um trabalho legal e ter um jogo bom, com uma transmissão bacana. A expectativa é muito subjetiva. Eu nunca fui de ficar nervoso antes de fazer transmissão e nem nessa, mas é uma casa nova, um lugar novo, uma tv aberta e quero um jogo bom. Espero passar o que o jogo propuser.
PRINCIPAL DIFERENÇA DO STREAMING PARA TV ABERTA
— Então, não consigo te dizer. Na TV aberta, você trabalha muito em função de audiência, de um público muito mais amplo, mais eclético e eu não tenho um conhecimento do público do streaming. Eu acho que é um tipo de público um pouco semelhante. Um público de TV aberta e que tem também no streaming. E no caso do streaming esportivo, o cara foi procurar porque quer ver aquele evento, aquele jogo. Eventualmente, ele vai procurar esse ou aquele profissional e vai procurar mobilidade. Se bem que hoje, TV aberta, fechada ou streaming vai ser na mão. Eu não senti (diferença). Quando perguntam em números, por exemplo, ninguém crava. Eu não tenho mesmo a noção de como que é. O trabalho em si tem uma diferença básica, de tipo de pessoa e de ideia, mas é um pessoal aberto ao diálogo e a troca de ideias.
PASSAGENS PELAS TRÊS EMISSORAS E O QUE 2023 REPRESENTA NO AMBITO PROFISSIONAL
— Sugeriram que eu ficasse um narrador freelancer (risos), um pouco em cada um, narrador por evento. Não sei nem se é o fato de narrar, entendeu? O que eu tenho pensado até agora é em uma mudança de frentes, sabe? Aparecem muitos convites para conversar com colegas, que era uma coisa um pouco mais restrita, era um pouco mais difícil de fazer. Agora eu fiz um monte de entrevistas e de todos os tipos, com todos os perfis e ideias. Entrar em rede social, que eu nunca tive, e começar a ver o negócio crescer... observar o jeito que as pessoas se relacionam com você. Uma questão publicitária que eu também não tinha nenhum tipo de papo publicitário, só quando tinha uma ação quando a própria emissora era procurada, promovia e fazia. Acho que ficou mais plural, entendeu? Tinha dia que eu falava: "Estão me fazendo trabalhar muito". No sentido de muita coisa para fazer. É interessante, é diferente. Você passa a ter contato com gente diferente, com novos contatos. Uma coisa saudável, é gostoso.
O QUE O CLEBER DE HOJE DIRIA PARA O CLEBER DO INÍCIO DA CARREIRA? HÁ ARREPENDIMENTO?
- Não! Acho que essa conversa seria: "Você não imaginava que fosse tanto, né?". "Não, não imaginava". Mas estou gostando, está bom. Do que eu imaginava no começo para o que tenho hoje? Tudo muito bom. "Não se queixe de nada, Cleber, tudo vale".
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