Fenapaf lamenta ‘bomba’ causada com esquema de manipulação de resultados: ‘Alguns atletas sucumbiram a armadilhas’
Em nota, órgão pede investigação apurada e minuciosa das manipulações descobertas na Operação Penalidade Máxima 'para que não haja erros e injustiças'
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A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) se manifestou sobre a investigação do escândalo da máfia de apostas no futebol brasileiro. Em nota, o órgão lamentou como "esse episódio irá manchar a carreira de muitos atletas, ou até encerrá-las, prematuramente".
"Infelizmente, alguns atletas sucumbiram à tentação e às armadilhas colocadas por pessoas que se importam, somente, em obter ganhos, não se importando com os prejuízos causados ao futebol", destacou a nota, referindo-se a intermediadores de apostas.
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A Fenapaf pediu para que a apuração dos fatos seja feita "de forma correta e minuciosa para que não haja erros e injustiças". Além disso, disse na nota que espera que as eventuais punições sejam feitas e, "independentemente do efeito legal, possam servir como educativo e alerta para que outros atletas não cometam erros prematuramente".
O órgão também pediu às autoridades, em especial ao Governo Federal, que procurem soluções. Além disso, a Fenapaf definiu o caso como "uma "bomba" jogada no futebol brasileiro" e queixou-se de uma falta de cuidado em relação ao assunto.
"Infelizmente, não atuaram de forma preventiva, não analisaram os possíveis que a entrada de empresa de apostas no país poderiam causar ao futebol brasileiro e seus protagonistas, como já havia acontecido em importantes competições internacionais".
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA
A FENAPAF (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) lamenta, profundamente, todos os fatos que estão ocorrendo com os atletas de futebol relacionados com este triste episódio do futebol brasileiro, que é a manipulação de apostas esportivas.
Infelizmente, alguns atletas sucumbiram à tentação e às armadilhas colocadas por pessoas que se importam, somente, em obter ganhos, não se importando com os prejuízos causados ao futebol.
Lamentavelmente, esse episódio irá manchar a carreira de muitos atletas, ou até encerrá-las, prematuramente. A Fenapaf deseja que os fatos sejam apurados de forma correta e minuciosa para que não haja erros e injustiças e que todos os envolvidos sejam, em sua proporcionalidade, punidos.
Naturalmente, punições irão ocorrer e esperamos que elas, independentemente do efeito legal, possam servir como educativo e alerta para que outros atletas não cometam os mesmos erros.
Esperamos, também, que as autoridades esportivas e, principalmente o Governo Federal, atuem na busca imediata de soluções para essa "bomba" jogada no futebol brasileiro.
Infelizmente, não atuaram de forma preventiva, não analisaram os possíveis riscos que a entrada de empresas de apostas no país poderiam causar ao futebol brasileiro e seus protagonistas, como já havia acontecido em importantes competições internacionais.
ENTENDA O CASO
A investigação sobre suspeita de manipulação de resultados teve início em novembro do ano passado. O mandatário do Vila Nova, Jorge Hugo Bravo, descobriu que jogadores do clube vinham sendo aliciados por um grupo de apostadores antes da partida contra o Sport pela Série B. O dirigente juntou provas da tentativa de manipulação e procurou os promotores que combatem o crime organizado no estado.
Oficial da Polícia Militar, Jorge Hugo Bravo descobriu que o atleta Marcos Vinícius Alves Barreira, apelidado de Romário, tinha sido aliciado. Como o jogador não foi escalado, tentou induzir algum companheiro de time a levar um cartão vermelho ou cometer um pênalti no seu lugar. O valor combinado, segundo depoimento de Romário, era de R$ 150 mil, com uma "entrada" de R$ 10 mil, conforme vídeo de seu depoimento divulgado no programa dominical "Fantástico", da Rede Globo. Entre os vídeos, há ameaças de um integrante do esquema ao zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos.
A investigação apontou que houve manipulações em jogos das Séries A e B do Brasileirão de 2022 e em partidas de Estaduais. O MP-GO continuará a apurar o caso e não descarta que ocorreram manipulações de resultados em outros jogos de futebol. A Operação Penalidade Máxima está em sua segunda fase.
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