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Força, Faustão! Saiba como funciona a fila para transplante de coração

O apresentador tem problema cardíaco e precisa de um novo órgão

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O apresentador já foi repórter de campo (Reprodução/TV Globo)

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Internado desde o dia 5 de agosto, Faustão está na fila para conseguir um transplante cardíaco. Internado no Hospital Albert Einstein, teve grandes passagens pelo jornalismo esportivo, e mesmo depois de inserido no universo do entretenimento, continuou bastante envolvido com esporte.

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A necessidade de Faustão é por conta de um quadro de insuficiência cardíaca, que o acompanha desde 2020. Mas como funciona a fila para um transplante de coração?

O apresentador está esperando em uma fila que funciona por ordem cronológica, mas que pode sofrer alterações levando em considerações como a gravidade do quadro do paciente e a compatibilidade de tipo sanguíneo. É importante frisar que não existe a possibilidade de um paciente passar à frente de outro por ter plano de saúde ou situação financeira privilegiada.

De acordo com o trecho do boletim médico divulgado pelo hospital, "Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A fila única leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso.

Existe apenas uma lista de transplantes no Brasil, controlada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e supervisionada pelo Ministério da Saúde. A fila, no momento, consta com 65 mil pessoas, 368 aguardando um coração, incluindo o apresentador, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) feita na quarta-feira (16).

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Apesar da fila pequena, a situação do apresentador continua delicada. Um dos motivos, é porque o órgão é essencial à vida, a doação só é possível após a morte cerebral de um doador e dependerá de fatores como peso, altura e tipo sanguíneo.

- Apesar de a fila ser pequena em relação a outros órgãos, a urgência é maior. O transplante de coração é a última alternativa. Em geral, quem precisa de um coração não pode mais esperar - disse Paulo Pego Fernandes, médico no Hospital do Coração (Hcor) e professor no Instituto do Coração, em entrevista ao G1.

TEMPO DE ESPERA:

Faustão pode esperar de dois a 18 meses para receber um coração novo, segundo o HCor dadas à Folha de São Paulo. Isso vai depender da gravidade do paciente e da compatibilidade entre doador e receptor.

Segundo Pego, a fila respeita uma ordem cronológica, mas é feito um cruzamento com uma lista de prioridades, que faz com que pacientes, ainda que tenham entrado depois, passem na frente. Pacientes internados, com suporte para o coração e outros órgãos são priorizados.

Nesta terça-feira (22), o apresentador entrou no grupo prioritário. O processo agora é mais curto por se tratar de um caso de prioridade, podendo ser de dois a três meses de espera.

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MORTALIDADE NA FILA:

Segundo a ABTO, em 2022, em São Paulo, 214 entraram na fila de espera por um coração, porém 43 morreram antes do transplante, uma taxa de mortalidade de 20%. Nesse mesmo ano, 432 pessoas aguardaram na fila esperando por um coração, no entanto, 105 (24%) morreram antes do transplante.

- A mortalidade na fila varia porque todos os dias entram pessoas novas, mas os números de 2022 são altos. Precisamos conscientizar as famílias sobre as doações porque a fila parada, significa pessoas morrendo - disse Fernando Atik, cirurgião cardiovascular e diretor da ABTO.

REJEIÇÃO DA FAMÍLIA:

No ano de 2020, na pandemia, o número de famílias que recusam a doação dos órgãos subiu 10%. O que era de 40%, após a pandemia da Covid-19, subiu para 50%.

Com isso, o levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), que monitora a lista desde 1998, aponta que, pela primeira vez na série histórica, foi superada a marca das 50 mil pessoas.

Segundo a lei no Brasil, a pessoa que irá doar os órgãos não possui o direito de ter essa decisão. Após a morte do indivíduo, a palavra final é da família.

- Temos uma taxa de negativa familiar acima da média. Na Espanha, por exemplo, a taxa é de 12%. Essa recusa nos impede de operar com a estrutura que temos no Brasil para atender a essas pessoas que aguardam uma doação e salvar vidas. A gente precisa falar sobre a doação de órgãos e conscientizar as pessoas da importância disso - Gustavo Ferreira, médico e presidente da ABTO.

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Faustão entrevistando Sócrates em 1982, na partida entre Corinthians e São Paulo (Reprodução / Twitter)

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