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Ao L!, Alexandre Frota diz que Gabigol passou 40 minutos escondido em cassino: ‘Tentei acalmá-lo’

Deputado do PSDB, que esteve em operação em cassino ilegal, disse ter se surpreendido com atacante do Flamengo: 'Ele tem que saber da influência que tem com os mais novos'


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O atacante do Flamengo Gabigol foi flagrado, na madrugada deste domingo, em um cassino clandestino em São Paulo e conduzido à delegacia por participar de um evento com mais de 200 pessoas na boate. O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) chegou ao local com a policia e registrou cenas da ação. Ele contou como foi o trabalho dos órgãos paulistas para acabar com a aglomeração.

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Ao LANCE!, Alexandre Frota contou que recebeu mais de 50 denúncias de que havia uma suposta festa LGBT no terceiro piso do prédio localizado na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. Antes de ser conduzido para a Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, Gabigol teria passado mais de meia hora "escondido", segundo o deputado federal por São Paulo.

- Chamou atenção a presença do Gabigol. Eu não esperava. Sou Flamengo e ele é um dos ídolos. Óbvio que chamou a atenção. Ninguém esperava, porque nós não fomos lá por causa do Gabigol ou por ser um cassino. Até então, as denúncias que chegaram para mim e para o GARRA era de que estava acontecendo uma festa LGBT na boate - contou Frota, que relembrou o momento: 

- Depois de 40 minutos, encontramos o Gabigol escondido debaixo de uma mesa, com um terno branco na cabeça, duas mulheres na frente dele e mais dois amigos, o que impedia qualquer pessoa de ver. 

Frota, que chegou a divulgar um vídeo em suas redes sociais expondo toda a situação, ainda relevou ao L! como foi o momento exato quando o artilheiro camisa 9 foi descoberto agachado nas mesas do camarote. Ele conta ter acalmado o atleta.

- O Gabriel ficou muito nervoso e alterado. Eu conversei com ele, tentei acalmá-lo. O policial pegou ele embaixo da mesa, mandou levantar e tirar o paletó da cabeça, e perguntou: "Qual seu nome?". Ele respondeu "Gabriel". O policial então perguntou o sobrenome dele, e o Gabigol disse "Gabriel Barbosa".  Nisso o policial falou: "Pode me acompanhar aqui". Foi isso que aconteceu - disse ele, que finalizou:

- Infelizmente, foi uma cena que eu não gostaria de ter assistido. Agora, quero pedir que denunciem as festas clandestinas para a Polícia Civil, Procon, Polícia Militar, Vigilância Sanitária, no meu Instagram também. Não se pode fazer isso em um momento que estamos vivendo. É a falência da sociedade e o descaso com o próximo - falou Frota, que deixou seu perfi na rede aberto ao público - clique aqui.

Gabigol flagrado em Cassino
Gabigol foi levado para delegacia em SP (Reprodução/Twitter Alexandre Frota)

GABIGOL DIZ QUE FALTOU "SENSIBILIDADE" E EXPLICA SITUAÇÃO
O deputado está comandando as ações públicas para evitar este tipo de evento com aglomeração. Ela conta ter participado de todas as operações desde que formataram a força-tarefa. Já aconteceram mais de 70 "estouros" em casas com festas clandestinas. Sabendo da frequência dos encontros, ele reconhece que figuras públicas também têm um papel importante.

-  Ele tem que saber da influência que tem com os mais novos. Chamou a minha atenção ao ver um ídolo como ele em um lugar como aquele, um cassino ilegal. O cara escondido debaixo da mesas. Ficou escondido debaixo da mesa por mais de 40 minutos. Faltou sensibilidade da parte dele, faltou tudo. Mas, eu não vou julgá-lo. Cada um faz as suas escolhas na vida. Ele estava ontem em um lugar onde não era para estar. São escolhas dele, está de férias.

Ao ge.globo, o atleta reconheceu que faltou sensibilidade da parte dele por ter participado do evento. Convidado por amigos para um jantar no último dia de sua folga, ele conta que estava usando máscara e disse que estava perto de sair quando os policias chegaram.

 
AGENTES NÃO SABIAM QUE ATLETA ESTAVA ENVOLVIDO

De acordo com o deputado federal, as operações visam especificamente coibir as festas clandestinas, diminuindo as aglomerações. Um decreto feito pelo governador de São Paulo João Dória (PSDB) reúne uma série de órgãos públicos para evitar eventos deste tipo e diminuir os casos de Covid-19, que já somam mais de 277 mil pessoas mortas em decorrência da doença no Brasil. 

- Fiquei muito surpreso e fico triste. Não era isso que eu gostaria de ter encontrado lá, mas também não vou julgar. Ele faz o que ele quiser da vida dele, é maior de idade. Ele sabe da responsabilidade dele. É óbvio que eu não sabia que ele estava lá, nem o MC Gui.

Além da falta de cuidado com a pandemia, o político ainda explicou que comidas fora da validade e fiação exposta são outros problemas encontrados em ações desse tipo em locais clandestinos. Ele ainda comentou que não existe uma crítica em relação as festas, mas sim devido ao momento. 

ATACANTE AGORA SERÁ CHAMADO PARA JUSTIFICAR A SITUAÇÃO 

Gabigol, que se reapresentará ao Flamengo nesta segunda-feira para o retorno do elenco principal campeão do Brasileirão em 2020, e todos os outros cidadãos presentes no local foram levados pelos agentes e assinaram um termo se comprometendo a prestar depoimento futuramente. 

Além disso, a operação inicialmente era para combater festas clandestinas em São Paulo, não o estouro de um salão de jogos ilegais. Por isso, o atacante primeiramente será chamado para explicar sobre a aglomeração. A jogatina de "partidas de azar" é proibida no Brasil desde 1946.

*sob supervisão de Ricardo Guimarães

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