Historiador do futebol relembra ‘Jogo da Morte’, realizado na Ucrânia: ‘Cinco jogadores morreram’
Especialista no tema, Peninha falou sobre partida, que ocorreu em agosto de 1942, em Kiev
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A invasão da Rússia à Ucrânia tomou o noticiário ao redor do mundo nesta quinta-feira. Vladimir Putin, presidente russo, enviou tropas militares ao país vizinho, e bombardeiros já foram vistos em cidades ucranianas. Ao LANCE!, o historiador Eduardo Bueno, o Peninha, relembrou uma partida de futebol que terminou em tragédia na capital da Ucrânia, Kiev, em 1943. O duelo entrou para a história como 'Jogo da Morte'.
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No dia 9 de agosto de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, alguns ex-jogadores do Dínamo de Kiev, principal time da Ucrânia, enfrentaram uma equipe formada por alemães nazistas da Gestapo e Luftwaffe. O placar terminou em 5 a 3 para os ucranianos, na época soviéticos. O jogo ocorreu perto de um campo de concentração, e logo depois, cinco jogadores do time soviético foram mortos.
- A maioria desses jogadores pertencia à polícia soviética. O Dínamo de Kiev é um time ligado a sindicatos de policiais. O mais emblemático do 'Jogo da Morte' era o fato das pessoas da Ucrânia, embora ligadas a URSS, tentando lutar contra o nazismo, um regime totalitário, assim como estamos vendo hoje da Rússia - disse Peninha, que emendou:
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- Foi por conta das forças da URSS que o nazismo foi varrido do mundo. Mas logo depois, a Ucrânia cai nas garras dessa mesma União Soviética. Sem dúvida é mais um momento trágico e sombrio para aqueles que lutam pela liberdade e democracia no mundo. Além de afetar os jogadores brasileiros que atuam por lá - completou o historiador.
ENTENDA O CASO
Desde 2014, a região de Donetsk se declarou independente da Ucrânia e por conta dos conflitos geopolíticos, o Shakhtar teve que deixar a cidade de origem e atuar em Kiev. O mesmo acontece com a região de Luhansk. Na última segunda-feira, Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu a independência das duas províncias.
Nesta quinta-feira, a Rússia decidiu invadir militarmente a Ucrânia com o argumento de que está atuando em defesa das reivindicações territoriais. No entanto, há pouco esclarecimento se a nação de Putin busca apenas garantir a soberania de Donetsk e Luhansk ou se planeja se expandir territorialmente.
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