Ídolo de Corinthians e Grêmio, Douglas é o convidado especial do programa "The Noite", apresentado por Danilo Gentili, que vai ao ar na madrugada desta terça-feira (26), às 00h45. Hoje trabalhando como comentarista, o ex-camisa 10 terá um bate-papo sobre sua carreira como jogador e a vida fora das quatro linhas. Além disso, o ex-jogador também sempre se mostrou entendido de churrasco, sertanejo e, claro, cerveja, que também farão parte dos assuntos do programa.
Assumidamente corintiano, Douglas teve duas passagens pelo clube alvinegro. Nesse período, disputou 178 jogos, marcou 21 gols e levantou sete taças, incluindo a da Libertadores de 2012 e a do Mundial.
- É algo absurdo, é o auge do atleta. Você sai daqui para enfrentar uma equipe europeia, campeã da Champions, que é a maior competição do mundo. Você cria uma expectativa gigantesca, mesmo assim, vai com receio porque os caras são muito acima. Quando ganha, é algo extraordinário. Você vem do Japão até aqui festando. Não voltamos tristes, chorando - ressaltou.
No Mundial, Douglas foi titular na semifinal e deu a assistência para Guerrero fazer o gol da vitória diante do Al Ahly. Na decisão com o Chelsea, porém, acabou ficando no banco. Bem-humorado, ele relembra quando tentou fugir de Tite quando soube que não iria jogar.
- Concentrava com o (Emerson) Sheik, mas, em Yokohama, cidade da final, ele ficou sozinho em um quarto e eu em outro. Acabei assistindo ao jogo Chelsea x Monterrey e o Chelsea passeando. Aí eu falei: ‘Acho que sobrou para mim’. Começou a sair notícia atrás de notícia e, em seguida, o auxiliar, que era o Fábio Carille, bate na porta e fala: ‘Douglas, o Tite quer falar com você’. Eu falei: ‘Não quero falar com vocês não. Vocês vão me tirar do time’. Final é o mais esperado. Ele falou: ‘Não tem jeito, você tem que ir’. Eu falei: ‘Não vou’. Ele falou: ‘Quarto andar, sala tal’ e saiu. Tive que ir né, vou fazer o quê? Se eu pudesse me escalar, queria jogar, mas não teve jeito e acabei ficando no banco. Mas, no final, tudo certo, fomos campeões - contou.
Inesquecível também foi a festa após o título. Douglas ainda revela que um dos companheiros acabou não aguentando a bebedeira.
- O Willian Arão, hoje está na Grécia. Já estávamos no Brasil. Acho que ele acelerou demais e quando o ônibus foi deixar a gente no CT ele saiu já vomitando, desmaiando, morrendo. Deu PT. Aí todo mundo indo embora e ele foi tomar glicose, alguma coisa assim. Estava ruim - disse.
Passagem pelo Grêmio
Douglas também marcou o seu nome na história do Grêmio. Lá, atuou ainda mais. Foram 253 partidas, com 45 gols marcados e cinco títulos. Além do carinho, o ex-meia guarda as boas lembranças do período de convivência com o técnico Renato Gaúcho.
- Ele tem muita moral. Ele faz com que a torcida e a imprensa não batam tanto no atleta. Consegue bloquear, defender os caras. Aquele mesmo jeitão que ele é quando dá entrevista, é assim no dia a dia. É legal, um cara maneiro - afirmou.
Além de comentarista, Douglas toca, atualmente, o projeto “Festival Churrasco e Modão”, que surgiu com lives na pandemia, se expandiu, transformando-se em shows com música sertaneja em diversas cidades, e agora vai para Bruxelas, na Bélgica, no próximo ano. Bom de resenha, o ex-jogador nunca escondeu sua paixão pela música e pela bebida e revelou que, até mesmo quando atuou no Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos, encontrou um jeito de continuar consumindo álcool.
-Comprava no aeroporto e bebia em casa. Quando voltávamos de viagem, de algum jogo, tem o limite de 500 dólares para poder comprar com o passaporte. Aí eu pegava o passaporte dos outros. Era a única maneira que eu tinha - recordou.