Imprensa europeia detona defesa de Daniel Alves e diz que ex-jogador deve ser condenado
Juíza Isabel Delgado Pérez tem até 20 dias para decidir
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Após três dias de julgamento, a sentença final que define o futuro do ex-jogador Daniel Alves não foi apresentada na quarta-feira (7), no último dia da audiência, sobre o caso de abuso sexual. Durante a sessão, a defesa do brasileiro foi descrita que o atleta estava bêbado e não tinha controle sobre seus atos. Com isso, a argumentação foi duramente criticada pela imprensa europeia.
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O jornal francês "Le Parisien", por exemplo, publicou uma matéria com o título "A frágil defesa de Daniel Alves", após o último dia de depoimentos ao Tribunal de Barcelona. O texto assinado por François David, correspondente do jornal na Espanha, classifica como "terríveis" os argumentos apresentados pela advogada do brasileiro, Inés Guardiola.
Já o "L'Equipé", também da França, classifica que "há poucas chances" de o ex-jogador ser absolvido do caso. Como pena alternativa à absolvição, Inés Guardiola propôs um ano de prisão, período já cumprido de forma preventiva, e multa de 50 mil euros.
Os atenuantes indicados pela advogada são o consumo de álcool, reparação de danos e violação de direitos fundamentais por suposta parcialidade no processo judicial. A acusação privada contratada pela vítima pede a pena máxima de 12 anos de prisão e o Ministério Público, nove. Conforme o jornal espanhol "Marca", a juíza Isabel Delgado Pérez tem até 20 dias, contados a partir desta quinta-feira (8), para tomar uma decisão sobre o caso.
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- Alves estava tão embriagado a ponto de não se lembrar mais dos detalhes de sua relação com a suposta vítima? - questionou o L'Equipe.
A embriaguez do jogador foi citada diversas vezes pela defesa e por testemunhas como Bruno Brasil e Joana Sanz, amigo e mulher de Daniel, respectivamente. O atleta de 40 anos também disse ter "bebido demais", além de ter afirmado que a relação com a jovem foi consensual.
O El Pais, da Espanha, destacou a frase do depoimento de Daniel Alves, em que ele disse que "em nenhum momento ela me disse que não queria nada". O La Vanguardia também reproduziu um argumento do jogador: "Estávamos aproveitando". Na Inglaterra, o The Guardian destacou a noite de "angústia e terror" descrita pela advogada da denunciante durante a audiência.
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