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Influenciadora explica recusa a trabalho na Copa do Qatar: ‘Posso ser morta pelo Estado’

Influencer digital Bryanna Nasck recusou proposta de trabalho na Copa do Mundo do Qatar por medo de sofrer preconceito no país, marcado por violações aos direitos humanos

Taça Copa do Mundo - Qatar
imagem cameraCopa do Mundo no Qatar tem recebido muitas críticas por regime do país (Foto: Divulgação/ SC Qatar 2022)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 25/10/2022
21:05

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Em um desabafo postado nas redes sociais, a influencer digital Bryanna Nasck explicou o motivo de ter recusado um trabalho publicitário na Copa do Mundo do Qatar. De acordo com ela, o medo de sofrer transfobia e acabar "morta pelo Estado" a impediu de aceitar o convite — e até mesmo de ouvir qual seria o cachê pago.

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- Tive uma proposta para ir ao Qatar assistir a Copa, mas tive que educadamente recusar pois o país em questão tem leis que, pelo simples fato de ser trans, eu posso ser morta pelo Estado - desabafou.

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A streamer, de 28 anos, participa de lives de Free Fire desde 2017 e tem cerca de 50 mil seguidores no Instagram. Bryanna se identifica como uma pessoa trans não-binária — que não necessariamente se vê apenas como homem ou mulher — e escolheu o pronome "ela/dela".

O Qatar criminializa a homossexualidade e é um país marcado por violações aos direitos humanos, praticante do "sportswashing" — termo que define a prática de hospedar grandes eventos esportivos para transmitir uma imagem positiva, quando na verdade diversas práticas abusivas costumam recair sobre as minorias.

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A Fifa tem tentado mudar a imagem do torneio recentemente, inclusive anunciando que bandeiras com as cores do movimento LGBTQIAP+ serão permitidas nos estádios da Copa do Mundo. Ainda assim, a competição segue marcada por protestos que remetem a atos de preconceito comuns na sociedade do Qatar, principalmente a intolerância contra homossexuais — que recebem a pena de morte pela lei do país.

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