Irmão de zagueiro do Santos sofre insulto preconceituoso após clube realizar ação contra o racismo

O St. Pauli, clube da cidade de Hamburgo, que disputa a segunda divisão da Bundesliga, substituiu o logotipo da patrocinadora master, a empresa de telefonia Congstar, por uma mensagem contra o racismo na camisa do time. Após a ação, dois de seus jogadores, incluindo o brasileiro Maurides, foram vítimas de racismo. 

Na vitória por 1 a 0 contra o Kaiserslautern, no último domingo, a tradicional camisa marrom do clube alemão contou com os dizeres “kein platz für rassismus” ou “sem lugar para o racismo”, em tradução livre. A iniciativa da equipe foi vinculada à uma campanha que pede por maior diversidade nas empresas e pelo fim do preconceito racial na hora de contratar funcionários.

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Contudo, após a ação realizada pelo clube, dois de seus jogadores foram alvos justamente de racismo. O brasileiro Maurides, irmão mais novo do zagueiro Maicon, do Santos, e o inglês Oladapo Afolayan, foram insultados nas redes sociais pela torcida do Kaiserslautern, rival do St. Pauli. 

Depois do ataque de ódio, a torcida do St. Pauli pendurou uma faixa no centro de treinamento do clube em apoio a Maurides e Afolayan com os dizeres “Diga não ao racismo!", utilizando a sigla YNWA, em referência a canção "You'll never walk alone", música que é um dos lemas do clube.

O Kaiserslautern, por sua vez, também condenou os insultos contra o jogador brasileiro.

- Gostaríamos de pedir desculpas a Maurides em nome do Kaiserslautern pelas gafes que ocorreram em comentários nas redes sociais contra ele. Tal comportamento é completamente incompatível com os valores do Kaiserslautern -  escreveu o time alemão, em sua conta no Twitter.