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Jackie Silva vê machismo em caso Carol Solberg e defende trans no vôlei: ‘Antes Tiffany que Ana Paula’

Campeã do vôlei de praia detonou ex-jogadora e abriu espaço para inclusão no esporte<br>

Jackie Silva
Jackie Silva foi campeão olímpica em 1996 (Foto: Divulgação)

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A ex-jogadora de vôlei Jackie Silva se pronunciou, nesta quarta-feira, sobre o caso onde a também atleta Carol Solberg, do vôlei de praia, foi punida ao fazer críticas políticas após uma partida. No podcast "Na Rede com Nalbert", do Ge, ao lado Sandra Pires e Fabi, Jackie apontou machismo na punição feita à Carol. O trio - que se reuniu no programa de Nalbert em homenagem ao Dia das Mulheres - ainda falou sobre inclusão no esporte.

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- Eu achei que ela falou e pronto, estava falado. Eu achei a confederação muito ingênua. A Carol é o negócio da CBV. O vôlei de praia é o negócio. E o negócio que todo mundo ganha dinheiro. Então você não pega a Carol e joga aos leões. Pelo contrário. Eles ficaram com medo. Medo de quê? De perder a marca? Qual o problema? Quem é maior, a marca ou o esporte? Saíram, pensaram e mandaram aos leões. Passa adiante, vamos embora - comentou Jackie, que ainda finalizou:

- Fala com a Carol ou abre um espaço para quem quiser falar. Quem tem medo é quem não sabe o valor que tem as coisas. Aí volta a questão da mulher. Ela, mulher, fez isso, os homens, quando fizeram ao contrário, não aconteceu nada. E são homens sempre que estão apontando. Demorou muito, foi muita confusão. Besteira. Aquilo não era nada

Além do fato de observar que Carol foi penalizada por ser mulher ao fazer a crítica - a jogadora gritou "Fora, Bolsonaro" ao final de uma partida de vôlei de praia -, ela recordou o caso onde outros atletas da Seleção masculina fizeram gestos parecidos em manifestações políticas. Em 2018, no Mundial, o jogador Wallace foi um dos que fez "17" com as mãos - número do então candidato à ser presidente do Brasil Jair Bolsonaro. 

Em outro momento, Jackie ainda debateu sobre a união da política com o esporte. Na visão da ex-jogadora, que foi campeã olímpica em 1996 no vôlei de praia, não existe barreira entre o cidadão e o atleta.

- É muito difícil a gente dizer que esporte e política não se misturam. Viver é político. Como assim não se mistura? Esse discurso muitas vezes nos afastava desse lugar, de participar das decisões. Por que não? No dia 1 de março assumiu como CEO da CBV a Adriana Behar. E isso é muito importante - falou Fabi.

Outro assunto tocado no podcast foi a presença de transexuais no vôlei. As ex-jogadoras concordaram que o esporte precisa ser inclusão e Jackie deixou sua crítica à ex-atleta Ana Paula, que também se envolveu em polêmica com Walter Casagrande.

- Isso aí é evolução da humanidade para mim. Vejo um lugar muito interessante, que bom que o vôlei abriu essa oportunidade. Espero que continue. Você pode olhar para todo lugar. Não faz o mundinho do esporte o mundinho perfeito, porque não é perfeito. É melhor Tifanny que Ana Paula - falou Jackie.

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