Jogador da base do América é morto durante operação policial
Moradores da comunidade Grota, em Niterói, ocuparam ruas e protestaram contra a morte do menino de apenas 16 anos
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O jovem Dyogo Coutinho morreu durante uma operação policial na comunidade da Grota, em Niterói, no Rio de Janeiro. Jogador da categoria de base do América, o menino de 16 anos estava deixando a comunidade indo para um treino quando foi atingido por um tiro nas costas.
Dyogo acabou sendo socorrido no local e transferido para a Policlínica do Largo da Batalha, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Seu corpo foi reconhecido no local pelo seu avô, motorista de ônibus, que passava pela região e resolveu descer do veículo após avistar um corpo na entrada da comunidade. Quando se aproximou, avistou que na verdade, se tratava do seu neto.
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Cristovão Brito disse ter resolvido descer do ônibus após lembrar que seu neto saíra da comunidade, naquele horário, para o treino. Ele ainda criticou a ação dos policiais do Batalhão da Polícia de Choque, que, segundo Cristóvão, afirmaram que Dyogo era um traficante.
- Passei na hora no ônibus. Passei e vi um corpo no chão, mas não identifiquei que era meu neto. Quando cheguei uns 50 metros à frente, que me deu um toque na cabeça que meu neto tinha descido para ir treinar. Parei o ônibus, coloquei no freio de mão, fui lá ver e era meu neto. Agora, imagina uma situação dessa. E os PM's lá. Ainda disseram que meu neto era traficante -, afirmou o avô, em entrevista à "TV Globo".
- Era só chamar ele, mandava encostar, verificava a bolsa que ia ver que ele ia treinar, e liberava. Não atirar. O tiro pegou nas costas e saiu aqui do lado (na costela). Ainda falaram para mim que meu neto era traficante. Brincadeira -, finalizou.
Aos 16 anos, Dyogo era jogador não federado do América. Na ocasião, ele estava indo treinar nas dependências do clube como preparação para uma competição municipal na qual estava competindo. O treinador do jovem jogador esteve no local após o ocorrido, junto a supervisores do clube.
A morte de Dyogo Coutinho gerou revolta aos moradores da comunidade onde o menino morava. Como resposta, algumas pessoas organizaram um protesto na Av. Presidente Roosevelt, no bairro de São Francisco em Niterói, e acabaram ateando fogo em um ônibus que passava pelo local na hora da manifestação.
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