Jogadores brasileiros recebem ajuda e começam viagem para deixar o Sudão
Trajeto até o Egito deve durar cerca de 24 horas e só foi possível graças à ajuda do clube dos brasileiros
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Os jogadores brasileiros presos no Sudão, em meio a uma guerra entre militares que buscam controlar o país, conseguiram ajuda de um ônibus do clube Al-Merreikh para deixarem o país rumo ao Egito. Os atletas chegaram a criticar o governo brasileiro neste domingo cobrando ajuda e chamando o Itamaraty de "desorganizado".
Paulo Sérgio, ex-jogador do Flamengo e um dos cidadãos brasileiros resgatados, falou sobre a situação vivida no país.
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- Não foi o governo brasileiro que conseguiu o ônibus que vai levar a gente para uma cidade afastada daqui, onde iremos dormir e viajar para o Egito amanhã. Esse ônibus foi fretado pelo clube. O governo brasileiro foi omisso - disse ao 'g1'.
- É um alívio saber que eles estão saindo de lá. Mas, é um absurdo como foi tratado tudo isso. É uma falta de respeito e uma incompetência do governo brasileiro. Eles deixaram lá a própria representante do país. Um representante das Relações Exteriores mandou um áudio para os meninos para que eles cuidassem da funcionária. É muito absurdo tudo isso - disse Blanca, mulher de Paulo Sérgio.
Os jogadores estão fazendo uma viagem de aproximadamente 24 horas. Segundo o 'Fantástico', o ônibus chegou a ser parado em um posto policial, onde foram embarcados outras pessoas que buscam deixar o país. Depois que chegarem no Egito, os atletas devem embarcar de volta para o Brasil.
SITUAÇÃO NO PAÍS
Mais de 200 mortes já foram registradas e 1,8 mil pessoas ficaram feridas em ataques à bomba que estão sendo transmitidos pelas redes de emissoras do país. Dois hospitais da capital do país foram atingidos por foguetes e precisaram ser esvaziados. O Ministério das Relações Exteriores disse que está em contato com os brasileiros que vivem no Sudão.
- O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem - disse o Itamaraty.
A disputa envolve o comandante do Exército, general Abdel Fatah al Burhan, líder de fato do país, e seu número 2, o general Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como "Hemedti", comandante das Forças de Apoio Rápido (FAR). Os dois disputam o poder após darem um golpe de Estado em governantes civis em outubro de 2021.
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