O segundo dia do Julgamento do ex-jogador do Barcelona Daniel Alves teve como foco o consumo de álcool no dia do suposto abuso sexual cometido pelo lateral, em dezembro de 2022. Nesta terça-feira (6), amigos e funcionários que estavam no local prestaram depoimento e revelaram que Daniel passou dos limites na bebida. A esposa do atleta, Joana Sanz, também foi ouvida e diz que o marido voltou muito alterado.
- Ele foi comer com seus amigos no restaurante. Passou o dia aí e voltou era quase 4 da manhã. Voltou muito bêbado, uma pessoa com muito álcool. Bateu no armário e caiu na cama - disse, em depoimento, Joana Sanz.
De acordo com os amigos de Daniel Alves, o grupo estava nas ruas desde o meio da tarde, no restaurante Taberna del Clínic. Já madrugada, eles foram para o bar Nuba e só depois tomaram o caminho da boate Sutton. Segundo Bruno Brasil, que estava na discoteca com o ex-jogador, revelou que o lateral foi o que "mais bebeu".
- Exatamente não lembro, mas foi bastante porque ficamos desde 14h30 até 1 da manhã, então bebemos muito. Eu diria que pedimos umas cinco garrafas de vinho, uma de uísque. Thiago não bebe, Bruno bebe pouco, então eu e Daniel bebemos muito. Pedimos quatro drinks de gin tônica. Ele tinha bebido bastante - contou Ulises, um dos amigos de Daniel.
Partindo para os depoimentos de pessoas sem ligação com Daniel, o gerente da discoteca contou uma nova versão. Segundo o dono do estabelecimento, o jogador "ou tinha bebido, ou tomado algo, mas não estava normal". Porém, no primeiro dia do julgamento, garções contaram que não havia nada de errado com o atleta naquela noite.
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Assim como no primeiro dia do julgamento, Daniel Alves, preso desde o dia 20 de janeiro de 2023, acompanhou toda a audiência presencialmente.
Presidida pela juíza Isabel Delgado Pérez, a 21ª seção da Audiência de Barcelona ouviria 22 pessoas nesta terça, mas duas foram dispensadas.
PRÓXIMO E ÚLTIMO DIA DE JULGAMENTO:
Nesta quarta-feira (7), será e terceiro e o provável último dia de julgamento do caso de Daniel Alves. A sessão será dedicada à medicina forense (forenses, psicólogos, analistas científicos, provas biológicas), as provas documentais (com visualização de vídeos de câmaras de segurança) e por fim, o depoimento do ex-jogador.
O que se deve repetir no próximo dia, é a quinta versão do jogador sobre o ocorrido. Segundo os jornais "La Vanguardia" e "El Periódico", o brasileiro vai declarar que estaria embriagado na noite em questão. A advogada de Daniel, Inés Guardiola, sustentaria que o acusado "não tinha plena consciência do que fez".
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Preso desde do dia 20 de janeiro de 2023, Daniel Alves seguiu preso preventivamente até o julgamento. Ele teve quatro pedidos de liberdade provisória negados pela Justiça da Espanha, que usou como argumento o risco de fuga para o Brasil. O Ministério Público espanhol pede nove anos de prisão para o brasileiro. A equipe da denunciante, cuja identidade não é revelada pela Justiça, quer 12 anos — pena máxima para esse tipo de crime no país.
Caso seja condenado, a justiça impôs a Daniel o pagamento de € 150 mil (R$ 798 mil), a título de danos morais e psicológicos. O lateral-direito está em prisão preventiva no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona.