O lateral ítalo-brasileiro Emerson Palmieri lançou, nesta segunda-feira (15), sua Biografia Social. Por intermédio do aplicativo Epico, Emerson contou um pouco da sua trajetória de Santos até o Chelsea e seleção italiana.
- É uma maneira de interação com o fã e um jeito de poder contar os bastidores da minha vida, luta e de tudo que fiz para chegar onde estou. Olhando para a minha vida, através da Biografia, nem nos meus mais bonitos sonhos me imaginaria chegar onde estou. Me considero um vencedor.
Uma história que contou com muitos incentivadores e pessoas importantes. Desde a saída do Santos, onde teve poucas oportunidades, ao Palermo e posteriormente a Roma. No lugar onde despontou, Emerson não esquece de um personagem: Luciano Spalletti, técnico e grande amigo. De boas histórias a importância no sucesso do atleta, o lateral-esquerdo mostra gratidão ao treinador italiano.
- Os primeiros 5-6 meses na Roma não foram fáceis. Agradeço muito ao Spalletti que procurou me dar todo suporte e me ajudou a ficar mais à vontade no clube. A partir disso o meu futebol passou a fluir. Só tenho que agradecer ao Luciano Spaletti. Ele era como um pai para mim. Um treinador que sempre terei um carinho enorme e que me fez evoluir como pessoa e jogador.
- Teve um dia engraçado. A gente ia fazer a estreia na Campeonato Italiano e, uma semana antes, contra o Porto, pela Pré-Champions, eu fui mal e acabei fazendo um pênalti. O Spalletti sempre foi muito reservado nos dias dos jogos. Ele só falava a escalação minutos antes da partida e sempre antes dos jogos o Spalletti gostava de treinar. Jogo a tarde, treino pela manhã. Logo após o treino da manhã, antes da partida de estreia, ele entrou me procurando no vestiário. Quando ele me viu, na outra ponta do vestiário, gritou: “Emerson, você vai jogar hoje. Será titular. Mas, de coração, espero que você não faça outra cagada”.
Recordações de Santos e das brincadeiras de criança também estão presentes e são imprescindíveis em sua história. Desde as boas notas em matemática “até entender de namoro” e de ficar até as 21h na rua jogando bola, até as brincadeiras com um amigo à noite, solitário, sem a mãe por perto.
- Meus pais se separaram muito cedo e eu fui morar com minha mãe. Tinha entre 12 e 13 anos. Morávamos em uma kitnet e ele, nos finais de semana, sempre trabalhava de madrugada. Ele sempre dizia para eu chamar um amigo para dormir lá comigo para que não ficasse sozinho. Perto da janela da kitnet, no 5º andar, tinha um semáforo. Quando passava da 0h, eu e meu amigo brincávamos de jogar “papel higiênico” molhado nos carros e motoqueiro. A intenção, claro, não era machucar ninguém. Coisas de moleque mesmo.