Lédio e André Rizek detonam decisão judicial sobre São Januário: ‘Movimento para acabar com o Vasco’
Equipe carioca continua impedida de jogar em seu próprio estádio
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Nesta quarta-feira (30) foi decidido em julgamento que o Vasco continua sem poder jogar com torcida em São Januário. Logo após o resultado, os jornalistas Lédio Carmona e André Rizek, no Seleção SporTV, se mostraram surpresos e criticaram a decisão.
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Lédio foi até irônico ao dizer que "só descobriram agora" todos esses supostos problemas envolvendo São Januário.
- Estou chocado, descobriram isso agora sobre São Januário, que foi construído em 1927. Descobriram agora que precisa de todos esses cuidados, que a comunidade ao redor é perigosa, que as vias são estreitas. O Vasco deve ter jogado lá mais de 5 mil jogos - afirmou o comentarista
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Ainda sobre o tema, Lédio disse que toda situação envolvendo a interdição de São Januário e a dificuldade para o Vasco mandar seus jogos no Maracanã, seria uma movimento para prejudicar o time carioca. O jornalista ainda relembrou a história da construção do clube.
- O Governo não quer que o Vasco jogue no Maracanã, o MP não quer que o torcedor vá a São Januário. Então, acho que é um movimento para acabar com o Vasco. Só que o Vasco sempre resistiu a tudo isso e sempre se reergue. O Vasco tem sua torcida e sua história e de novo vai ser resistência. É o que vai acontecer. Parabéns aos envolvidos, que não são poucos - completou Lédio
Na sequência, André Rizek não poupou críticas à decisão da Justiça, chamando, inclusive, de "elitista e preconceituosa".
- Não consigo achar outro termo que não uma medida elitista e preconceituosa que é mantida após uma segunda análise do Poder Judiciário do Rio de Janeiro. Ela é baseada por uma premissa falsa. "Já que tem violência e tráfico de drogas na região, tem que interditar São Januário". Por que digo que ela é falsa? Porque o jornal "O Globo" fez um levantamento mostrando que há mais tiroteios no entorno do Maracanã que em São Januário. Então, se for adotar uma medida com a mesma régua, tem que interditar o Maracanã, onde também tem comunidades no entorno. Se for para ter isonomia, tem que interditar o Rio de Janeiro inteiro. Não pode mais ter escola de samba, festa em comunidade - disse Rizek
O apresentador ainda ressaltou como a interdição do estádio afeta não só o Vasco, mas também a vida das pessoas que moram no entorno e dependem, financeiramente, do funcionamento de São Januário.
- Quando o Ministério Público assume essa falência do poder público, o que ele faz? Em vez de orientar o Estado a resolver o que é de responsabilidade do Estado, ele pune os moradores e as vítimas. E coloca um carimbo nessas vítimas, como se nada pudesse acontecer ali, só o tráfico de drogas. Porque não vai acontecer nenhuma medida de segurança motivada por essa constatação do MP. Quando ele obriga o Vasco a implantar o sistema de biometria, ele está dizendo que só o Vasco tem que adotar, porque o Maracanã não tem, o Nilton Santos não tem, Volta Redonda não tem. O Vasco está recebendo um tratamento único e desigual da Justiça. Confesso que estou chocado - finalizou o jornalista.
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A decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve São Januário interditado, alegando que a Colina Histórica não tem condições de receber público. O Vasco está sem jogar no seu estádio desde a derrota para o Goiás na 11ª rodada do Brasileirão.
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