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Livro didático coloca Flamengo como pioneiro na luta contra o racismo, e Vasco fala em ‘revisionismo histórico’

Torcedores vascaínos discordam de publicação adotada em escolas municipais do Rio de Janeiro

Livro didático - Flamengo Vasco
imagem cameraLivro adotado em escolas coloca o Flamengo como pioneiro na luta contra o racismo no futebol (Foto: Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 26/04/2023
12:22
Atualizado em 26/04/2023
13:04

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Um livro didático utilizado na rede pública municipal do Rio de Janeiro apresenta o Flamengo como pioneiro na luta contra o racismo no futebol. Imagens de uma página do material começaram a circular nas redes sociais, e torcedores do Vasco não ficaram contentes com o conteúdo. O perfil do clube Cruz-Maltino também comentou sobre o tema após declaração do secretário de educação da capital carioca. A informação foi publicada em primeira mão pelo "O GLOBO".

O livro em questão é o "Encontros História 3", escrito por Cândido Grangeiro, da editora FTD Educação, de 2017. Na 12ª página, a publicação aborda o tema "negro no futebol". Em um trecho, o autor escreve que "a história só começou a mudar nos anos 1930, quando o Flamengo, clube da elite do Rio de Janeiro, resolveu formar um time de futebol imbatível e contratou craques como Leônidas da Silva e Domingos da Guia, que eram negros".

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A publicação deixou torcedores do Vasco insatisfeitos, pois anos antes jogadores negros já atuavam em clubes de futebol como o Cruz-Maltino, o Bangu e a Ponte Preta. O próprio Domingos da Guia, citado no texto, passou pelo rival antes de chegar ao Rubro-Negro.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação confirmou que o livro faz parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do FNDE/MEC. No entanto, o secretário de educação, Renan Ferreirinha, se isentou de responsabilidade pela adoção do conteúdo e pediu ajuda aos torcedores vascaínos para "melhorar o material" usado. 

- Alô, torcida cruzmaltina! O Vasco da Gama é referência no combate ao racismo (luta que precisa ser de todos) e queremos a ajuda de vocês para sempre melhorar o material que usamos. Em tempo, não foi ordem minha, até porque tenho juízo e meu prefeito Eduardo Paes é muito vascaíno - escreveu.

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A postagem de Ferreirinha foi respondida pelo clube no Twitter. O Vasco agradeceu ao secretário pelo posicionamento, falou em "revisionismo histórico" e prometeu "seguir vigilante".

- Agradecemos ao Secretário Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, pelo importante posicionamento. A luta contra o racismo e o revisionismo histórico é árdua e diária. Seguimos vigilantes em prol do nosso Vasco! - publicou.

Em nota, a editora FDA Educação anunciou que vai rever o conteúdo do livro após as manifestações recebidas, mas disse que utilizou as melhores fontes de pesquisa à disposição para produzir o livro.

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