Lucas Moura e Neymar detonam jornalista da CNN por fala sobre mortes no Jacarezinho: ‘Parece piada’
Jogadores de Tottenham e PSG se pronunciam após operação policial, no Rio de Janeiro, considerada uma das mais letais do RJ. Apresentadora questiona abordagem dos agentes
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A operação policial no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que gerou ao menos 29 mortos, na manhã da última quinta-feira, virou assunto no mundo da bola. Após um vídeo da apresentadora da CNN Brasil Daniela Lima viralizar em um perfil no Instagram, os jogadores Neymar Jr. e Lucas Moura criticaram uma fala da jornalista. No domingo, ela rebateu as críticas.
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- Uma operação policial que chega em um lugar para prender 21 pessoas, prende seis e deixa 25 mortos, precisa ser olhada de perto. Conseguiu o feito macabro de ser a mais letal da história do Rio. Moradores do Jacarezinho, onde aconteceu essa ação desastrada, para dizer o mínimo, trágica, da polícia foram a um protesto. (...) Raquel, 25 mortos e um policial. O discurso da polícia e que estava todo mundo fortemente armado. Aparentemente, estavam muito armados, mas não sabia atirar. Eram 24 armados e mataram só um do outro lado, morreram todos esses - disse Daniela, nesta sexta, no programa "CNN 360". No fim de semana, ela se justificou da fala polêmica.
Nos comentários do perfil "Fui Clear", o jogador brasileiro do Tottenham, Lucas, parecia não acreditar que a comunicadora tivesse se posicionado daquela forma. Pouco depois, o camisa 10 do Paris Saint-Germain também digitou na publicação.
- Parece piada um negócio desse. Cada dia se superam, impressionante - comentou Lucas, ao reparar que a jornalista teria tentado compar as mortes de policiais e crimiinosos.
- Parece piada mesmo, só pode - completou Neymar, que curtiu o post.
A ação dos agentes públicos, que visava impedir uma suspeita de que menores de idade estavam sendo aliciados pelo tráfico de drogas na região, foi considerada pelo governador Cláudio Castro (PSC) e pela Polícia Civil como “trabalho de inteligência”.
Da lista que os policias pretendiam encaminhar para à Justiça, três pessoas foram detidas e outros três foram mortas. As outras 15 não foram mortas nem presas. As informações são do portal El País, que ainda aponta a operação como a segunda maior chacina registrada no Estado.
SENADOR ROMÁRIO SE POSICIONA
Quem também se comoveu com a situação foi o político e ex-jogador Romário. Em seu perfil no Instagram, na sexta, ele lamentou as mortes ocorridas. Na visão do campeão do mundo de 1994, a criminalidade no Rio de Janeiro não pode ser combatida apenas com mortes.
- Ontem foi mais um dia triste no Rio de Janeiro. Na favela do Jacarezinho, onde nasci, me criei e, até hoje, tenho amigos. Não podemos achar normal 25 vidas serem perdidas em uma ação da polícia. Infelizmente, vivemos uma polarização com posições extremas para um problema muito complexo. O último governador eleito no estado defendia a execução de pessoas. Um completo idiota, despreparado. Mas isso prova que não existe solução fácil e a população não pode continuar sendo enganada por quem oferece essas soluções simplistas e sem humanidade. Esses governantes também são culpados por essa tragédia - comentou ele, que seguiu:
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- Não se combate crime só matando bandido, isso não é política de segurança. Se for, é falida e ineficiente. Estamos enxugando gelo.
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