Treinador do Botafogo e comentarista do SporTV durante a Copa do Mundo, Luís Castro rebateu o ex-jogador e comentarista da emissora britânica ITV, Roy Keane, que chamou as danças brasileiras após os gols de "desrespeitosas".
Luís deu o próprio exemplo para mostrar que Roy deveria estudar mais sobre o Brasil antes de criticar às comemorações.
- A primeira coisa que faço quando chego em um país é observar a cultura. O Roy Keane não observa cultura do futebol brasileiro e da Seleção Brasileira. Ele se pronuncia de forma deselegante em função do que aconteceu hoje. Todos nós sabemos que aquilo (a dança) não é desrespeito para ninguém. Aquilo mostra uma grande união entre jogadores e treinador e um conjunto de sinergia que podem catapultar a Seleção para grandes conquistas - iniciou Luís.
Luís afirmou que Roy "não entende a cultura" do Brasil e costuma ter "manifestações pouco elegantes e até muito arrogantes".
- Eu ficaria muito admirado se Tite ficasse quieto no lugar dele e não comemorasse o gol e os jogadores não passassem confiança ao Tite. Ai todo o povo brasileiro deveria ficar preocupado com o que acontece com a Seleção. Agora isto deixa muito otimista quem gosta da Seleção Brasileira. Roy é que não entende a cultura do país. Quando cheguei no Brasil a primeira coisa que observei foi a cultura do Botafogo e do futebol no Brasil para me adaptar o mais rápido possível.
- Portanto é algo que não deve perturbar o mundo do futebol porque o Roy já nos habituou com manifestações pouco elegantes e até muito arrogantes. Essa é só mais uma das muitas que ele tem feito ao longo de sua carreira.
A crítica de Roy Keane foi direcionada a Tite, que entrou na brincadeira e fez a "dança do pombo" logo após o gol marcado por Richarlison.
- Eu não consigo acreditar no que vejo. Nunca vi tanta dança. É como assistir ao Strictly (espécie de Dança dos Famosos). Eu sei que tem o ponto da cultura, mas acho realmente desrespeitoso com o adversário. São quatro gols e eles fazem toda vez. A primeira dancinha ou seja lá o que façam, tudo bem. E então o técnico se envolve. Não fico feliz com isso. Não acho isso nada bom - opinou Roy Keane.