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‘Maradona foi quem mais se aproximou de Pelé, mas perdeu para as drogas’, diz Galvão Bueno

Narrador destacou Copa de 1986 vencida por argentino e lembrou luta contra vícios

Galvão Bueno
Emocionado, Galvão Bueno elogiou "él diez" argentino (Reprodução)

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Principal voz do esporte da Globo e nome presente nas últimas Copas do Mundo, Galvão Bueno deixou seu adeus ao ídolo argentino Maradona. Nesta quarta-feira, no "Jornal Hoje", Galvão elogiou a habilidade do astro, a quem chamou de "o que mais de aproximou de Pelé", mas lamentou os vícios do ex-jogador.

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- Sem dúvida alguma, a Copa de 1986 foi de Diego Maradona. Diego virou "él diez", o dez. Virou para muitos argentinos como Deus. Eu fico com uma frase de Maradona que, no início dos anos 90, num momento de muita lucidez, ele disse: "Dizem que sou Deus. Deus é um só, sou apenas um jogador de futebol". Mas, como jogador de futebol, ele, sem dúvida, foi o que mais, em genialidade, se aproximou de Pelé. Para muitos dos argentinos, talvez até maior. A proximidade deles para por aí.

Galvão, comovido, aproveitou o espaço que antes foi dado para Casagrande, para comentar a luta contra as drogas. Maradona chegou a ser afastado do futebol por uma substância que foi encontrada em seu corpo durante a Copa do Mundo de 1994. Quando parou de jogar, o argentino também chegou a fazer alguns tratamentos para que deixasse o vício.

- O gênio em campo, figura adorada no mundo inteiro, que nos deixa hoje e deixa todos traumatizados. Ele teve várias vestimentas. Sempre contraditório, muito polêmico, muito fiel com suas convicções, um grande amigo dos amigos e inimigo implacável. De tantas guerras, impossível não dizer que ele perdeu a maior delas: com tanas vitórias que teve, sofreu uma derrota quando perdeu para as drogas - apontou Galvão, que seguiu:

- Depois disso, Maradona chegou a renascer algumas vezes. Até que hoje, não conseguiu. É lamentável, porque temos que ver os dois lados. O gênio em campo ao grande jogadores e figura humana, mas que acabou perdendo essa guerra terrível. Que Deus receba muito bem, que ele tenha mais paz nesta nova jornada dele.

Aos 60 anos, Maradona faleceu em sua casa em Tigre, na Argentina. O eterno camisa 10 sofreu uma parada respiratória. Pouco depois de completar sua sexta década, o ex-jogador ficou internado por alguns dias e precisou passar por uma cirurgia na cabeça. 

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