Marcos Uchôa recebe homenagens durante ‘Bem, Amigos’ e revela time do coração
Repórter se despediu do grupo Globo em edição do programa desta segunda-feira e relembrou carreira na emissora
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Em sua despedida do grupo Globo, o repórter Marcos Uchôa recebeu homenagens e elogios de seus colegas de trabalho durante o 'Bem, Amigos' desta segunda-feira, além de ter revelado ser torcedor do Flamengo. O repórter também explicou o porquê de sua saída da televisão e seus hábitos durante seus 34 anos na emissora.
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- Perdi a conta de quanta Olimpíadas nós já fizemos juntos… É uma história muito rica. Nós andamos juntos por esse mundo mas, como eu já disse no início, é uma das pessoas mais inteligentes e mais cultas que eu conheci na vida. Um dos textos mais brilhantes que eu já li, e não é de repórter não, e escrito a mão, ali na hora. É uma carreira brilhante - elogiou Galvão Bueno.
- Uchôa é aquele cara que o repórter quando está começando quer ser. É isso. Quando você sonha em ser repórter, você sonha em ser o Marcos Uchôa, sonha em ser o Tino Marcos, e assim, eu tive o privilégio e a honra de trabalhar com eles. É o cara que você quer ser - homenageou Eric Faria.
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- Eu diria que o Uchôa é aquilo que todo repórter que começa na profissão devia assistir para aprender. Por isso levamos o Uchôa para o norte, nordeste, centro-oeste, para dezenas de emissoras do Brasil para dar palestras, conviver com os colegas jornalistas. E como ele é, além de muito competente, muito humilde, muito parceiro, companheiro, muito amigo da profissão. E não só isso, uma figura como ser humano, espetacular - disse o comentarista Marco Antônio Rodrigues ‘Bodão’.
- É uma pessoa boa de você conversar, seja na porta do hotel, seja antes do jogo. Mas o que eu fico curioso é, a gente ouve muito no futebol de ‘virar a chavinha’, você tem uma chavinha qualquer para virar. Porque é legal estar cobrindo a Olimpíada de Atlanta e estar em Jerusalém quando tem míssel caindo. Essa chavinha que eu acho que é muito bom, e para você deve ter sido, como pessoa, tal qual a experiência de viver fora, é muito enriquecedor e deve ser um prêmio para você - acrescentou Cléber Machado.
- Sou suspeito para falar pela amizade e pela relação que nós temos de muitos e muitos anos. Fiquei muito honrado, e acredito que o Zico também, quando ele disse agora a pouco que a última reportagem que ele fez foi exatamente sobre a dupla que eu fiz com o Zico. E ele dizendo que, para a satisfação dele foi a última reportagem que ele fez nessa carreira brilhante, espetacular, maravilhosa. É difícil não encontrar alguma pessoa que não tenha uma adoração, pelo o que ele foi como repórter e como amigo. Só desejo que ele possa desfrutar de tudo aquilo que ele está pensando na cabeça dele - completou o ex-atleta e ídolo do Flamengo, Júnior.
GALVÃO 'ENTREGA' TIME DE UCHÔA
Depois do depoimento do ex-atleta Júnior, o narrador Galvão Bueno aproveitou para revelar o time do coração de Marcos Uchôa. O apresentador brincou sobre a última reportagem do jornalista no grupo Globo dizendo que ele estaria com uma camisa do Flamengo embaixo de seu uniforme.
- E agora podemos falar Júnior, que esse último trabalho com você e com o Zico, que, por baixo da camisa que ele estivesse usando lá, estava a camisa do Flamengo. Agora que ele parou já podemos falar - revelou o narrador.
- O Zico e o Júnior eram do meu tempo de arquibancada, meu tempo de torcedor apaixonado - acrescentou Marcos Uchôa.
LENDO DURANTE O JOGO
Marcos Uchôa também falou sobre um 'mito' de que ele leu um livro durante uma partida interrompida que estava cobrindo em campo. O repórter explicou que realmente lia enquanto a bola estava parada, para a surpresa de Galvão Bueno, que disse ter aprendido isso apenas hoje, depois de 34 anos de trabalho.
- Eu leio sempre, estou sempre com livros, e, na verdade, isso não foi um jogo interrompido. Eu sempre li durante o jogo. Porque, gente, vamos falar sério, falta na entrada da área: entre a falta e bater a falta, quanto tempo demora? Mais de um minuto mole, eu sabia o que tinha acontecido na falta. Jogador que finge que se machucou, aí entra massagista, médico, dá pra ler mais uma página mole. Então, 15 minutos no intervalo, tá o narrador falando com o comentarista, o que eu estou fazendo: eu estou lendo - explicou o repórter.
O PORQUÊ DA SAÍDA
Marcos Uchôa também foi mais a fundo para explicar o porquê do encerramento de sua carreira de repórter. O jornalista afirmou achar que este é o momento certo para sair e que escreverá um livro, e também disse que está a procura de uma nova carreira mas que ainda não sabe dizer qual é.
- O que eu acho é o seguinte: jornalista gosta de novidade. Isso é uma coisa muito clara para mim, a novidade, como o Cléber falou, tem em todos os lugares, todo tipo de reportagem, todo tipo de assunto, desde o lugar mais humilde até um lugar como um G8, um G20, uma Olimpíada. Mas é claro que uma reportagem no bairro pode ser muito interessante. Só que, nesses 38 anos de jornalismo, de certa maneira eu já fiz um pouco de tudo. Realmente de tudo. E eu queria uma novidade - explicou o repórter.
- Então não há uma insatisfação com o que eu faço e que eu adoro fazer, não é querer mais. E querer mais do mesmo eu achei que já estava bom. Então, aconteceram coisas… durante a Covid eu trabalhei basicamente no ‘Fantástico' e foi um ano e meio incrível de trabalhar de casa, o que eu achei que seria impossível. E encerrei com essa reportagem incrível com o Zico e com o Júnior, então eu falei: ‘olha, não pode ter nada melhor’ - continuou o jornalista.
- É o momento de tentar algo diferente, e eu quero tentar algo diferente, e eu não sei o que será de diferente. Claro, mais tempo com a família, com os amigos, mas é buscar uma carreira nova, e ainda estou pensando o que vai ser - completou Marcos Uchôa.
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