Ex-ministro da Saúde do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, Nelson Teich pediu para deixar o cargo na manhã desta sexta-feira. Antes responsável pela área sanitária do país em meio à pandemia de coronavírus, Teich pode se gabar de histórico de atleta que, segundo ex-colegas, era de dar inveja como goleiro de futsal.
- Eu vou te falar: pegava muito! E o outro goleiro [Paulinho] também pegava muito. Era aquela coisa: se não jogasse um, jogava o outro e você nem ficava preocupado com o goleiro. Era fazer o gol para ganhar o jogo porque nossos goleiros não tomavam. Ele [Teich] era fenômeno, pegava muito. Era muito bom goleiro de salão. Eu fui convocado para a seleção e ele também estava comigo - disse Paulo Salles, ex-parceiro de time, ao "UOL".
Aos 62 anos, Teich foi criado no bairro do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro e teve uma carreira de sucesso no futsal de base na década de 70. Defendendo o Mackenzie, clube conhecido região, o goleiro foi tricampeão estadual infantil e infanto-juvenil. As conquistas carimbaram uma vaga na seleção carioca, onde também foi campeão brasileiro.
- A gente chamava ele de Aranha Negra, pois ele gostava de jogar com o uniforme todo preto, aí lembrava o Lev Yashin [lendário goleiro russo]. E também porque ele se destacava com as pontes [defesas arrojadas com salto] - recordou Salles.
Após menos de um mês à frente da pasta, Teich substituiu o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e é oncologista. Ainda não foi confirmado um novo nome para o Ministério da Saúde.