Ex-modelo lembra sobre paternidade do filho com Edmundo: ‘Humilhante’
Em documentário feito pelo filho Alexandre, Christina Mortágua contou sobre as dificuldades de reconhecer a paternidade do ex-jogador
Filho da ex-modelo Christina Mortágua com o ex-jogador Edmundo, Alexandre Mortágua lançou, neste domingo, o documentário "Todos nós cinco milhões", no canal O Baile, no Youtube. O vídeo aborda o tema do processo de reconhecimento de paternidade no Brasil, algo que aconteceu com a família.
Christina relembrou o episódio no documentário do filho, postado no Dia dos pais. Na cena, enquanto passam imagens de VHS do primeiro aniversário de Alexandre - ele ainda não tinha sido reconhecido por Edmundo -, a mãe do diretor qualificou o desgaste de provar a paternidade como "uma das coisas mais humilhantes e degradantes" que ela viveu.
- Meu filho, o processo de reconhecimento da sua paternidade foi uma das coisas mais estressantes, humilhantes, degradantes que eu já vivi em toda a minha vida. Eu estava passando muito perrengue, mas eu me senti extremamente ofendida. Até que ele (Edmundo) deu uma declaração a uma revista de grande circulação dizendo que eu era louca e que ele nunca tinha me visto na vida. E aí quando você nasceu, um mês depois do seu nascimento, eu entrei com um processo de investigação de paternidade - afirmou Christina, no documentário, sobre a paternidade do filho.
- Se você procurar na Justiça, você vai ver que o processo era apenas de investigação de paternidade. Eu não acumulei pedido de pensão alimentícia. Meu interesse era apenas questão de honra, calar a boca dele. Na época do seu aniversário de 1 ano, ainda estava rolando o processo, já tínhamos feito a coleta de sangue para o exame de DNA, que foi uma coisa que me deixou irada quando tive que te levar no laboratório designado pela Justiça.
A ex-modelo e mãe de Alexandre detalhou o dia em que levou o filho ao exame de sangue para fazer o teste de paternidade.
- Ver você tendo o bracinho espetado para collher sangue por causa de uma coisa que tanto eu quanto seu pai sabíamos da verdade. Parecia que estava entrando uma faca no meu estômago. Ver o seu choro, sentindo a dor daquela picada. Aquilo para mim era muito angustiante, muito doloroso. Era uma dor que você não precisava passar.
Christina ainda abordou o preconceito que passou por ser mãe solteira e afirmou que buscava não atrapalhar a relação de pai e filho. Alexandre não tem nenhum contato com Edmundo.
- Enquanto a paternidade não era comprovada, eu fui muito olhada atravessada por essa sociedade machista. Nunca contei para você sobre as coisas que seu pai disse de mim, que ele fazia comigo, porque você era uma criança. Não queria provocar essa ira em você. Jamais colocaria você contra seu pai, o que eu calei até hoje, vai comigo para o túmulo - disse ela.
Segundo os dados oficiais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cerca de 5,5 milhões de crianças não possuem o nome do pai registrado, no Brasil. O documentário, que é um filme independente, lançado no domingo dos pais já conta com mais de três mil visualizações.