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‘É o momento de todos lutarem pela retomada da qualidade da Seleção’, afirma Sebastião Lazaroni

Às vésperas do Brasil estrear nas Eliminatórias, técnico da equipe canarinha na Copa de 1990 deixa recado a Tite: 'Desejo felicidade nas escolhas, simplicidade e objetividade'

Sebastião Lazaroni - 1989
Lazaroni define sua passagem na Seleção como 'um turbilhão' (Foto: Divulgação)

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Conduzir a Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo requer perseverança para superar uma sucessão de obstáculos. Convidado do "De Casa Com o LANCE!" na última quinta-feira, Sebastião Lazaroni detalhou como foi a saga de levar a equipe canarinha ao Mundial de 1990.

- O Brasil tinha perdido de goleada para o Chile na Copa América de 1987 (por 4 a 0). Antes da bola rolar para o primeiro jogo, lá no Chile, o Romário levou uma mordida, revidou com um empurrão e recebeu o amarelo. No primeiro minuto, foi expulso. Saímos na frente, mas eles empataram com um gol de sobrepasso cobrado dentro da área. Vem para o Maracanã e tivemos a farsa deles aumentada por um sinalizador - e, em seguida apontou:

- Uma tramoia na qual ficamos envolvidos, saindo fumacinha... Imagina você, treinador jovem, leva o Brasil pela primeira vez à não-classificação. Eu ia ser motorista de caminhão disfarçado no interior (risos) - completou. 

Lazaroni relembrou seu período à frente da Seleção.

- Foi um turbilhão. Em torno de 16 meses, com Copa América, Eliminatórias e Copa do Mundo e em um momento de transição. Tínhamos uma geração de 1982 e 1986 que foi brilhante tecnicamente, mas não ganhou nada. Peguei no Vasco, no Flamengo, em outros clubes. Tivemos felicidade em escolhas. Conseguimos frutos na nossa passagem que depois em 1994 garantiram o tetra - frisou. 

Prestes à Seleção medir forças com a Bolívia, em sua estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, Lazaroni prevê desafios e exige mobilização intensa.

- É um período dificílimo, no qual a gente tem de ter bom senso. É o momento de todos os envolvidos no futebol terem cuidado nesta retomada de qualidade, de ousadia, de inteligência e fazerem o melhor trabalho para o futebol brasileiro. Seja o Tite, Neymar, Everton Ribeiro, Coutinho, Bruno Guimarães. Tem que ter em mente que sua atitude, sua qualidade vão dar contribuição para a continuidade visando a Copa de 2022 - declarou.

O técnico admite que Tite lidará com pressão nas Eliminatórias. 

- É o preço do cargo. Desejo felicidade nas escolhas, clareza, simplicidade e objetividade. Ele tem uma Seleção coesa, compacta, que ataca dentro das suas características sem se desguarnecer e defende sem deixar de atacar - disse.

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