O promotor Fernando Cesconetto, do Ministério Público de Goiás, afirmou que investigadores coletaram informações que comprovam uma tentativa de manipulação nos estaduais de 2023. O assunto tomou dimensões nacionais após a divulgação do escândalo envolvendo uma tentativa de manipulação na última rodada da Série B de 2022.
Cesconetto afirmou foram interceptadas trocas de mensagem que planejavam manipulação em resultados parciais, escanteios e cartões durante os jogos.
Em um número de celular, um dos alvos da operação indica um pagamento feitos neste ano em estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.
– Durante as buscas e apreensões de terça-feira, pudemos coletar indícios de que apostas não se limitaram àquelas partidas (da Série B). Outros jogos recentes do último final de semana pelos campeonatos estaduais (tinham) modus operandi muito similar com oferecimento de sinal e promessa de pagamento maior após o êxito das apostas. E não mais se limitando a encomendar o cometimento de pênaltis, mas também escanteios, cartões e placar parcial. Uma variedade de apostas. A investigação precisa amadurecer para que a gente avance - afirmou o promotor Fernando Cesconetto, do Ministério Público de Goiás, em coletiva de imprensa.
Nas trocas de mensagem, os clubes São Luiz (RS) Novo Hamburgo (RS) e Villa Nova (MG) foram citados nominalmente. O MP não considera os clubes e dirigentes suspeitos. Segundo o 'G1'. o empresário Bruno Lopez de Moura foi preso acusado de participação em esquema de participação. O MP afirma que ele era responsável por intermediar os pagamentos aos jogadores envolvidos.
Investigações começaram na Série B
A Justiça de Goiás investiga supostos casos de corrupção em jogos da Série B Brasileiro do ano passado. Em coletiva de imprensa, o promotor do Ministério Público do Estado, Fernando Martins Cesconetto, revelou o esquema de manipulação de resultados em três partidas e detalhou como teria acontecido.
As apostas teriam sido feitas nos jogos Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, válidos pela última rodada do torneio, no ano passado. O meia Romário, ex-Vila Nova; o lateral Matheusinho, ex-Sampaio Correa, e mais um atleta são alvos da investigação. O Vila Nova foi quem denunciou o caso.
De acordo com Cesconetto, as apostas foram de marcação de pênaltis no primeiro tempo dos jogos. Os atletas, que teriam recebido um sinal de R$ 10 mil, ganhariam R$ 150 mil cada caso a aposta obtivesse êxito. Das três partidas, Vila Nova x Sport não teve pênalti, o que causou quase R$ 2 milhões de prejuízo aos apostadores envolvidos. Segundo o promotor, o ex-atleta do Vila passou a ser pressionado pelos apostadores por conta do valor que já tinha recebido.