Mulher que trabalhava no Comitê Organizador da Copa é condenada a chicotadas e prisão no Qatar
Mexicana de 27 anos foi abusada sexualmente, mas acabou processada por adultério
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Economista contratada para trabalhar no Comitê Organizador da Copa do Mundo do Qatar, Paola Schietekat foi condenada a chibatadas e prisão no país. De acordo com o portal 'Hugo Gloss', a mexicana de 27 anos foi abusada sexualmente, denunciou o episódio à polícia, mas o caso acabou virando contra a vítima.
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No dia 6 de junho do ano passado, um homem invadiu o apartamento da economista, no Qatar e a agrediu. No dia seguinte, Paola foi até uma delegacia, junto a um cônsul mexicano, para denunciar o crime. Após depoimento, a vítima foi colocada frente a frente com o agressor, que alegou que Paola era sua parceira amorosa.
A partir daí, a mexicana saiu do papel de agredida e passou a ser acusada de adultério por caso extraconjugal. De acordo com leis do Qatar, vítimas de violência sexual são processadas por adultério. Com isso, Paola foi sentenciada a 100 chibatadas, além de sete anos de prisão. Contudo, com ajuda do Comitê Organizador da Copa, conseguiu deixar o país.
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Após retornar ao México, a economista descobriu que o agressor não foi condenado por 'não haver câmeras para verificar se o ataque ocorreu'. Na última semana, Paola foi chamada para nova audiência sobre o caso em Doha, mas nenhum representante do consulado mexicano, nem o advogado dela compareceram ao local.
Na última sexta-feira, Marcelo Ebrard, secretário de Relações Exteriores do México, esteve com a economista. O integrante do governo afirmou que estuda intervenção diplomática para defender Paola e fazer com que ela consiga trabalhar em Doha para o Comitê Organizador da Copa.
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