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Mulher sofre assédio e é beijada à força no Mineirão: ‘Gritei, mas ninguém fez nada’

'Me agarrou, me pressionou bastante nele, de um jeito que eu não conseguia sair, e me deu um beijo na boca', relatou a torcedora Débora Cotta

Torcedora do Atlético-MG
imagem cameraDébora Cotta foi assediada dentro do Mineirão (Foto: Reprodução)
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Lance!
Belo Horizonte (MG)
Dia 11/11/2021
12:22

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Imagine ir ao estádio para acompanhar o seu clube do coração e voltar pra casa com uma experiência traumática. Pois bem, a torcedora Débora Cotta certamente quer apagar da memória sua ida ao Mineirão para assistir a vitória do Atlético-MG sobre o Corinthians. A mulher de 25 anos foi agarrada e beijada à força por um homem durante a partida de ontem. Por meio das redes sociais, ela denunciou o caso e relatou o descaso dos seguranças do estádio.

Débora detalhou o assédio ao 'g1'. A atleticana contou que o caso ocorreu nos corredores do Mineirão. No início do segundo tempo, quando foi ao bar comprar uma cerveja, um homem desconhecido, de aproximadamente 45 a 50 anos, aproximou-se e tentou iniciar uma conversa.

- Ele falou algumas coisas que não lembro, porque eu estava conversando com uma menina que estava com a pressão baixa do meu lado, me agarrou, me pressionou bastante nele, de um jeito que eu não conseguia sair, e me deu um beijo na boca. Eu tentei sair, mas não consegui. Quando ele parou, eu fiquei sem entender. A minha reação foi falar: 'Sai daqui'. Ele saiu andando e rindo - disse Débora.

Em seguida, a reação. A torcedora seguiu o homem, derrubou sua cerveja e o golpeou com socos e chutes.

- Eu pensei: 'Não posso deixar por isso mesmo'. Ele apressou o passo, e eu comecei a gritar, dizendo que ele tinha me agarrado, mas ninguém fez nada. Teve um cara ainda que estava perto e falou que não era para tanto - contou a vítima ao 'g1'.

Ajudada por outra mulher, Débora relatou o descaso de um segurança do Mineirão. O funcionário a questionou sobre possíveis testemunhas e a localização do homem. Ele falou que, se Débora não soubesse onde o suspeito estava, nada poderia ser feito.

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Então, ela voltou ao bar e outro funcionário se encarregou de denunciar o caso à base de polícia no estádio. Os policiais checaram as câmeras de segurança e chegaram a identificar o suspeito, que não foi encontrado. Débora registrou um boletim de ocorrência. 

- Eu não consigo parar de pensar, me dá uma sensação horrível, de nojo, não sei se isso vai passar uma hora. Eu nunca vi o Galo ser campeão brasileiro, não ia perder a oportunidade de ver os jogos. Eu só queria pegar uma cerveja e assistir ao jogo - lamentou.

Em nota ao 'g1', o Mineirão confirmou ter tido conhecimento do assédio nesta quinta-feira, e alegou estar 'apurando a denúncia junto à equipe de segurança contratada e entrando em contato com a torcedora para mais informações'.

- O Mineirão informa que vem aprimorando o treinamento de seus prestadores de serviço e tem trabalhado para o melhor acolhimento das torcedoras. É importante que denúncias como essa sejam feitas para que o estádio leve ao conhecimento das autoridades policiais - diz a nota.

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