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‘Narra quem sabe’: L! mostra perfil da candidata Renata Silveira

‘O preconceito é grande, a gente vai brigar muito por isso, mas é um passo enorme que estamos dando’, declarou. Ao L!, a carioca contou sua experiência com a narração

Renata Silveira
Thaynara Lima

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Em março deste ano, a jornalista Vanessa Riche conversou com o LANCE! e declarou que 'era preciso uma mulher narradora'. A fala faz referência ao projeto ‘Narra quem sabe’, do Fox Sports, que vai escolher três mulheres para ser a cara do canal na Copa do Mundo. Com isso, o L! conversou com as selecionadas Natália Lara, Manuela Avena, Gaby de Saboya, Luciana Zogaib, Isabelly Morais - e a entrevistada deste sábado, Renata Silveira.

Formada em educação física, Renata Silveira é a única candidata que já teve a oportunidade de narrar um jogo de Copa do Mundo. Na edição de 2014, aqui no Brasil, Renata venceu um concurso de narração da Rádio Globo e narrou a partida entre Uruguai e Costa Rica. Na ausência de um dos narradores da rádio, a jovem que na época tinha 24 anos, teve a oportunidade de narrar mais uma partida Croácia e México. Nas duas oportunidades, Renata frisa o incentivo que recebeu por parte da família:

— Eu já tive essa experiência em 2014, mas logo depois parei de trabalhar com esporte e abri uma academia de dança. Então, acho que todo mundo meio que desacreditou. Eu também não acreditava pois não estava trabalhando com isso e imaginei que outras meninas estariam mais à frente, trabalhando com isso. Mas, a gente não tem oportunidade, não é — revelou — Meu pai é um grande incentivador. Eu goste futebol por causa dele. Ele sempre levava minha irmã e eu para o estádio. Então, ele foi a primeira pessoa que eu falei. Toda vez que eu saio daqui eu falo como está. Ele foi a pessoa que me incentivou desde o início. Eu liguei para ele contei do concurso e ele me incentivou muito. Tanto ele, quanto outros familiares apoiaram muito — completou.

Renata Silveira
Thaynara Lima

Renata, além da formação em educação física, possui pós-graduação em jornalismo esportivo. Após a oportunidade que recebeu em 2014, a jovem conta que não teve novas chances e com isso, seguiu outros rumos. Agora, que foi selecionada entre mais de 300 candidatas, acredita que é onde deve estar e quer focar na narração, já que pode ganhar sua segunda oportunidade de narrar uma Copa do Mundo:

— Eu fiquei na esperança de uma oportunidade, na época. A gente sempre cria essa expectativa. Eu já trabalhava com jornalismo em um rádio, entrava ao vivo com notícias do dia, mas não era com futebol. Depois da oportunidade do concurso esperava por outras oportunidades — e completou, falando que acredita na influência do projeto para mais mulheres narradoras:

— Torço muito para que dê certo. Abriu-se uma porta em 2014 com a rádio, mas agora, outras portas estão se abrindo. Além da rádio, onde já tem muitas mulheres trabalhando e agora está abrindo a porta da TV, onde a exposição é muito maior. Com certeza o preconceito é muito grande, a gente ainda vai brigar muito por isso, mas com certeza é um passo enorme que estamos dando.

Das seis selecionadas, apenas três vão ser escolhidas para narrar os jogos do Brasil na Copa do Mundo. Elas vão receber treinamento na sede do Fox Sports, no Rio de Janeiro, e os nomes serão divulgados no dia 15 de maio. Apesar de ser a única candidata que já teve a oportunidade de narrar jogos da Copa do Mundo, Renata não se considera pioneira, dentre as candidatas e não vê isso como vantagem:

— É muita responsabilidade dizer que sou pioneira, eu apenas sou a única que já teve experiência nisso. Em questão de experiência, é bom. Mas não existe uma vantagem, até por que eu narrei em uma rádio e agora é TV. — contou — Quando eu recebi a notícia, eu pensei. Não posso desistir disso.

Bate-bola com Renata Silveira:

Qual jogo você escolheu enviar para o processo de seleção?
Eu mandei o vídeo primeiro, foi o jogo do Barcelona contra o PSG, que foi 6 a 1. Foi um jogo muito emocionante e como a narração pede essa emoção, pensei em escolher um jogo que tivesse gols emocionantes. Quando fui na cabine,eu queria conhecer a Vanessa e pensei, “é mais um ponto. ela vai ter o vídeo e a minha visita”.

Quais seus pontos fortes e fracos na narração?
A minha facilidade é a voz. Eu tenho a voz mais próxima da narração, não é aguda, é bem forte. E o ponto fraco é a questão se sair do rádio e entrar na TV.

Como você vê a importância de uma mulher narradora na Copa?
Com o empoderamento feminino, nós estamos em vários lugares, não só o futebol. Existem mulheres ocupando espaços que jamais imaginaram uma mulher. Realmente é narração que falta. Já vimos muitas repórteres talentosíssimas, mas na narração ainda falta.

Quem é Renata Silveira?
Trabalho com dança desde meus 15 anos e abri uma academia de dança. Sempre gostei muito de trabalhar com a voz, já trabalhei em rádio e narrei dois jogos na copa do mundo de 2014. Agora estou voltando e estou em uma expectativa enorme para ser uma das três selecionadas e narrar os jogos do Brasil na Copa do Mundo.

Palpites para a Copa do Mundo:
Final da Copa do Mundo: Brasil e Alemanha
Campeão: Brasil
Craque: Neymar
Artilheiro: Neymar
Decepção: O Brasil não ser campeão.

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