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Ao L!, Nelson Sargento já se declarou ao Vasco: ‘Acompanhei os jogos em todos os campos de futebol do Rio’

Gigante do samba e torcedor ilustre do Cruz-Maltino,&nbsp;presidente de honra da Mangueira morre aos 96 anos, no Rio de Janeiro. Sargento estava internado por conta da Covid-19<br>

Nelson Sargento homenageado pelo Vasco
imagem cameraAlém das homenagens do Vasco, Nelson Sargento chegou a visitar São Januário antes da pandemia&nbsp; (Carlos Gregório Jr/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 27/05/2021
14:56

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Se o mundo do samba está de luto, os torcedores do Vasco também podem sentir uma dor no peito. Morreu, nesta quinta-feira, o sambista e presidente de honra da Mangueira Nelson Sargento. Aos 96 anos, o compositor, cantor, artista plástico e apaixonado pelo Gigante da Colina lutava contra um câncer de próstata e estava internado com Covid-19.

+ TABELA: Gigante da Colina estreia na Série B; saiba mais

Quando completou 90 anos, em 2014, Nelson conversou com o LANCE! sobre seu amor pelo Vasco. Seguindo o clube carioca desde os 10 anos, Sargento, que é conhecido por suas canções e sambas-enredo, além de seu apelido ser derivado dos tempos quando ele serviu ao Exército, reconhece que viveu grande parte da história de construção da equipe.

- Sou Vasco desde 1934. Havia duas entidades de futebol no estado e o Vasco foi campeão numa delas (Liga Carioca de Football). Só gritavam o nome do Vasco pela cidade. As grandes lembranças são os campeonatos invictos que ganhamos - disse ele. O Cruz-Maltino compartilhou uma mensagem lamentando o falecimento.

Na época, o Gigante da Colina também se recuperava de uma queda para a Série B. Ao ser questionado por qual presente gostaria de receber na data comemorativa em 2014, ele pediu que o Vasco retornasse aos seus anos de glória na elite. Atualmente, a equipe soma seu quarto rebaixamento e está na Série B.

– Tem que sair daquela divisão. Tem que subir! Mas o futebol do Rio já foi mais forte. Até times como o Bonsucesso, Olaria, Madureira faziam frente. (...) Meus ídolos são o Roberto (Dinamite) e o Ademir (de Menezes). Agora, o futebol mudou tanto que, hoje em dia, o Garrincha não jogava! Por que naquele tempo a marcação era individual. Hoje em dia, um pega na bola e três vão em cima. O Garrincha não ia brilhar tanto. E o Pelé?! O Pelé fazia falta e o juiz dava a favor dele.

Nelson estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Nacional de Câncer (INCA) após autorização da família. O quadro de seu câncer era considerado controlado. 

Sempre envolvido com o mundo da arte, ele fez sucesso aos 31 anos, em 1955, com a canção "Primavera", samba-enredo também conhecido como "As quatro estações". Sargento ainda tem dois conhecidos livros e participou de tantos outros filmes, como "O Primeiro Dia", de Walter Salles e Daniela Thomas, e "Orfeu", de Cacá Diegues.

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