O ex-jogador Neto relembrou o caso mais polêmico da carreira como jogador e falou sobre quando cuspiu no rosto do árbitro Zé Aparecido. O caso aconteceu durante um dérbi entre Palmeiras e Corinthians, em 1993.
Durante participação no podcast 'Mano a Mano', apresentado pelo rapper Mano Brown e produzido pelo Spotify, o antigo jogador declarou ter sido racista no episódio. Além disso, o atual apresentador do programa 'Os Donos da Bola', da emissora Bandeirantes, afirmou que o caso foi uma mancha na carreira.
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- Foi a maior covardia que eu já fiz. Fui covarde, sujo e racista. Se fosse branco eu cuspiria? Não. Quando eu cuspi, no Zé Aparecido, eu cuspi em um árbitro, negro e ele se fudeu, perdeu mais do que eu. O Neto ganhou para as pessoas. Não, eu fui o covarde, eu que tinha que pedir o perdão, para ele e para deus. Eu pedi e ele me perdoou - disse o ex-jogador.
Neto ainda relembrou o suposto motivo que teria originado a vontade de cuspir no rosto do árbitro. Segundo o atual comentarista, ele estava "possesso" sobre a ausência de faltas marcadas para o Corinthians na partida.
- Ele não estava dando faltas. Eu cheguei a falar 'você está de sacanagem Zé Aparecido'. Aí entrei forte no César Sampaio e ele me expulsou na hora. Eu ia dar um soco na cara dele, porque eu estava possesso na hora, mas para não dar o soco eu cuspi. Deveria ter dado um soco - comentou.
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O episódio é tratado com muito arrependimento pelo ex-jogador. Ainda durante a entrevista, ele deixa claro para Mano Brown que fez questão de contar o ocorrido para os filhos. Na visão de Neto, as crianças deveriam saber do passado por ele, e não por terceiros.
- O meu ato foi tão nojento que não condiz com a pessoa que eu sou, e isso me fez crescer. Porque nenhum dos meus filhos souberam por ninguém, souberam por mim, que eu fui racista e que cuspi no rosto de uma pessoa. Só o Júlio, meu filho de 5 anos que não sabe. O João, Gustavo e Luíza souberam por mim que o pai foi um filha da put* - concluiu.