‘Nos sentimos traídos por um grande amor’, lamenta casal dono da ‘Uruburger’, notificada pelo Flamengo
Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral do clube, disse que não há ação de cobrança de indenização e que o rubro-negro está à disposição dos donos para regularizar a situação
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Imagine abrir um estabelecimento repleto de homenagens ao seu clube de coração e ver o próprio time notificá-lo por uso indevido da marca. Pois bem, é o que o casal Allex e Roberta Martins encaram no momento. Donos da "Uruburguer", loja de delivery de sanduíches em reverência ao Flamengo, os torcedores receberam uma cobrança extrajudicial do clube da Gávea pelo uso sem a devida licenciatura de termos referentes ao rubro-negro.
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De acordo com o jornalista Mauro Cezar Pereira, o Flamengo também cobra uma indenização dos donos da hamburgueria, localizada em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Na "Uruburguer", que está fechada desde segunda-feira, é possível comprar os sanduíches '3 a 0 no Liverpool", o "X-JJ Mister" ou o "X-Sem Chilique Mais Um Gol do Bruno Henrique".
O LANCE conversou com o casal flamenguista, que não hesitou em relatar a surpresa e descontentamento com a ação do time carioca. Por enquanto, sem a renda da "Uruburger", Allex e Roberta encaram o 'desespero por não saber o dia de amanhã'.
- É um sentimento de ter sido traído por um grande amor. Recebemos com espanto e muita tristeza a notificação do Flamengo. Nossa loja foi criada com o intuito de homenagear o nosso clube do coração, mas acabou virando uma grande dor de cabeça. Nem nos meus piores pesadelos isso poderia ser possível - lamenta o casal.
- Pra quem vive de vendas, perder mais de uma semana de trabalho é desesperador. Não sabemos o dia de amanhã e as contas não esperam para serem pagas. Precisamos de alguma solução para tudo isso o mais rápido possível - contaram à reportagem.
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Após grande repercussão, o vice-presidente geral do clube, Rodrigo Dunshee, usou as redes sociais para comentar a polêmica decisão do Flamengo. Segundo o dirigente, não há ação de cobrança de indenização e o marketing do clube está à disposição dos donos para regularizar a situação.
- A situação é simples. Ou o casal faz um acerto e obtém autorização do MKT do Fla ou muda a sua marca e volta a vender no Ifood sem usar o CRF. Mas o cara que errou conseguiu se fazer de vítima e transformar o Flamengo em vilão. O MKT disse q o atende, caso queira andar na linha - escreveu o cartola rubro-negro.
O casal dono da "Uruburger" só quer que a história com o clube do coração termine com um final feliz. Eles negam a ponderação do dirigente sobre "combate à pirataria", e dizem que o Flamengo os tirou a "possibilidade de sobreviver".
- Acreditamos que não há nenhum problema em utilizarmos o nome "Uruguburger". Não fere a imagem do Flamengo. Achamos que podemos ter o direito de vender nossos lanches com nomes divertidos e em forma de homenagem ao nosso clube do coração. Que fique bem claro: não queremos e nunca pensamos em vender produtos piratas se aproveitando do nome do Flamengo. Mas acho que fechar nossa loja sem nenhum tipo de contato prévio foi um pouco pesado. Eles tiraram nossa possibilidade de sobreviver em uma época tão complicada como a que estamos vivendo - concluiu o casal notificado pelo Flamengo.
Antes do fechamento da loja, a "Uruburguer" chegava a receber 70 pedidos semanais e tinha planos de expandir negócios para Niterói.
Estagiário sob supervisão de Rodrigo Portella
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