Nova lei no Rio de Janeiro, espaços exclusivos para pessoas autistas em estádios já é realidade em diversos clubes brasileiros

Criação de locais adaptados para os torcedores diagnosticados com TEA será obrigatório para equipes cariocas

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Nesta terça-feira (4), Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, sancionou um projeto de lei que obriga estádios, ginásios e arenas esportivas com capacidade superior a 5 mil pessoas a criar locais especiais para pessoas diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). O prazo para que as adequações sejam feitas é de 180 dias.

O PL 453-A/2021, que foi aprovado no dia 23 de maio pelos vereadores e agora publicado pelo líder do executivo municipal no Diário Oficial do Rio de Janeiro, estabelece que 0,5% do total de ingressos disponibilizados para os eventos devem ser direcionados para pessoas com autismo. O autor do projeto é o vereador William Siri (PSOL).

Nos últimos meses, diversos times expressivos do futebol brasileiro criaram espaços adaptados para pessoas com TEA. O Goiás, por exemplo, aproveitou a data do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em abril, e inaugurou um camarote exclusivo para indivíduos com TDAH e espectro autismo. Na sala sensorial da casa esmeraldina há brinquedos, puffs, televisão e videogame.

<em>Foto: Divulgação/Goiás</em>

- Temos feito ações inclusivas que buscam conscientizar o público acerca do tema, uma vez que enxergamos o futebol como um meio fundamental para difundir o respeito e a empatia com as pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O clube tem como ideal contribuir para uma sociedade mais justa e acolhedora em relação ao autismo, e a criação do camarote adaptado foi um grande marco desse projeto -, pontua Tiago Pinheiro, diretor de marketing do Goiás,

Outro clube do Centro-Oeste brasileiro que preparou um local especial no estádio voltado para essa comunidade foi o Cuiabá. Em parceria com o governo do estado do Mato Grosso, o Dourado possui um camarote na Arena Pantanal que garante a tranquilidade e a segurança dos torcedores autistas e os seus respectivos responsáveis.

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Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, comenta sobre a importância das ações sociais para o Dourado: “Contribuir para a inclusão de todo o público é algo fundamental em nosso clube. Ficamos muito contentes e honrados em poder levar alegria às crianças autistas. Não mediremos esforços para possibilitar ambientes cada vez mais adaptados e confortáveis para eles, já que essa é uma das virtudes do futebol”.

No Rio Grande do Sul, o Juventude foi pioneiro em disponibilizar espaços adequados para que o público consiga assistir aos duelos de maneira confortável. Além do oferecimento de fones redutores de ruído, o alviverde tem criado projetos para o público, como a torcida organizada exclusiva para autistas.

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- Por meio de reuniões com o poder público e com entidades de apoio aos autistas, observamos que muitas crianças portadoras do TEA evitavam frequentar o estádio por receio de barulho, dificuldade de deslocamento, tumultos, entre outros fatores e tratamos esta questão o mais rápido possível. Desenvolvemos estratégias para acolher essas famílias, com um espaço exclusivo e o auxílio na criação de uniformes e bandeiras alusivos à causa -, conclui Fabiano Pizetta, diretor de marketing e ações sociais do time gaúcho.

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