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Novo campeão do UFC tem passado neonazista, homofóbico e já disse querer ‘matar alguém’ no octógono

Strickland já concedeu entrevistas relembrando a infância raivosa, fruto de um relacionamento com o avô

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imagem cameraStrickland (de short branco) venceu o até então campeão Adesanya no UFC 293 (Foto: Divulgação/UFC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/09/2023
11:40

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O norte-americano Sean Strickland chocou o mundo ao vencer o nigeriano Israel Adensaya, até então campeão dos pesos médios do UFC (até 83,9kg) no UFC 293, na noite deste sábado, em evento realizado em Sidney, na Austrália. Além da performance, o novo campeão tem história de vida conturbada fora dos ringues, principalmente por questões familiares envolvendo neonazismo e homofobia.

Strickland já concedeu entrevistas relembrando a infância raivosa, fruto de um relacionamento com o avô adepto do neonazismo e que hoje ele classifica como sendo "um merda".

- Meu avô era um merda. Quando você é uma criança, não enxerga isso. Meu avô tinha entre 1,80 a 2 metros. Ele enxia sua cabeça com coisas malucas. Você está na sétima série e é ‘alimentado’ com ideias nazistas. Você não entende, sequer sabe o que aquilo significa. Você escuta algo vindo do seu herói, porque era uma grande figura, que meu pai não era, e aquela identidade me consumiu. Eu desenhava suásticas no braço e andava pela escola desse jeito, sem saber o que era isso - disse, em entrevista ao "MMA Fighting".

- Para mim, eu era simplesmente nervoso. Era tão furioso que tinha esses estranhos pensamentos neonazistas. A fase da supremacia branca. Eu tinha tanto ódio, muita influência na minha vida e me sentia bem por odiar algo. Eu andava pela rua com uma faca ou pedra, esperando que pudesse matar alguém - continuou.

Strickland também disse que tinha medo do pai matar a própria mãe e que presenciou agressões. Em determinada noite, ele chegou a agredir o pai para salvar a vida da mãe.

- Me lembro que eu dormia muito no quarto da minha mãe, porque acreditava que ele (o pai), a mataria. Pensava que acordaria um dia e ela estaria morta. Uma vez, me escondi debaixo da cama deles e ele (meu pai) estava em cima da minha mãe. Talvez fosse apenas um ‘sexo selvagem’. Quem sabe? Ele ficou por cima e começou a estrangulá-la, dizendo: ‘hoje você vai morrer’. Acho que eu estava na terceira série, era jovem. A única coisa que vi foi uma guitarra, então, a peguei e quebrei na cabeça dele o mais forte que pude. Peguei o telefone, fugi e chamei a polícia. Minha mãe, a idiota, o tirou da cadeia no outro dia - explicou.

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DECLARAÇÕES HOMOFÓBICAS

Strickland já afirmou, em dezembro de 2021, que teria "falhado como pai" caso tivesse um filho homossexual. Após a repercussão do caso, o atleta ainda tentou se explicar.

- Se eu tivesse um filho gay, pensaria que falhei como homem em criar tal fraqueza. Se eu tivesse como filha uma prostituta, pensaria que ela só queria ser como o pai. (...) Gays são ótimos. Eu os apoio em suas escolhas. Liberdade. Gays fazem isso. A maioria dos gays que eu conheço está sempre feliz. Todos eles ficam amigos o dia todo e fazem sexo. Nós, homens heterossexuais, estamos f***, pois temos que fazer um trabalho sério para transar. Não é justo - afirmou pelo Twitter.

- No fim das contas, quando brinquei sobre os gays, eu amo os homens gays. Eles são incríveis. As lésbicas, não muito. Elas me odeiam. Elas me olham e enxergam o cara que as machucaram. Não sou esse cara, não sou o pai delas. Homens gays me olham e querem me fod**. Eu respeito isso. Eles me cumprimentam. Recebo foto de p** sempre. Não sou homofóbico - concluiu.

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MORTE NO OCTÓGONO

Em 2021, após vencer uma luta no UFC, o americano afirmou que "ser psicopata" era "divertido" e gostaria de "matar alguém" no octógono. Ele completou dizendo que seria a última pessoa que a organização comandada por Dana White gostaria de ver como campeão, por não ser um modelo a ser seguido pelas pessoas.

- Se você gosta de machucar pra c*** as pessoas, você está no esporte certo. Eu adoraria nada mais do que matar alguém no ringue. Nada mais. Isso me faria super feliz. Eu não sei se isso me tornaria responsável, pode ser que eu tenha que me desculpar quando os policiais chegarem, mas eu faria essa m***. Ser um psicopata é divertido pra c*** - disse.

- Sou provavelmente a última pessoa que eles querem como campeão. "Então, Sean, o que você acha do UFC?". Eu digo que é legal, eles me pagam bem, é legal. Provavelmente sou o último que eles querem que seja campeão - concluiu.

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