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ONG cria álbum de figurinhas da Copa do Mundo com pessoas em situação de vulnerabilidade

'Figurinhas' estão espalhadas pela cidade de São Paulo e doações vão ajudar a completar o álbum no site da Organização<br>

ONG SP Invisível
imagem cameraOrganização não-governamental faz campanha inspirada na Copa do Mundo (Foto: Divulgação/ONG SP Invisível)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 17/11/2022
11:43

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No clima de Copa do Mundo, a ONG "SP Invisível", que trabalha em apoio à população de rua, promoveu uma ação especial inspirada no Mundial. A organização não-governamental lançou um "álbum de figurinhas" nas ruas de São Paulo, no formato lambe-lambe, que ao invés de contar com jogadores de futebol, há mulheres e homens que vivem em situação de vulnerabilidade.

A "SP Invisível" surgiu para contar histórias de pessoas em situação de rua e expandiu seu trabalho para projetos em prol dessa população que sofre com o frio, a fome, o desemprego e principalmente, a invisibilidade.

- Vamos aproveitar o momento festivo da Copa do Mundo para sensibilizar e chamar atenção das pessoas para o problema da população em situação de vulnerabilidade - disse André Soler, presidente da "SP Invisível".

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Para quem quiser colaborar, as doações para completar o álbum poderão ser feitas por meio da página spinvisivel.org/selecaoinvisivel e qualquer quantia será aceita. Todos os doadores receberão a versão completa do álbum “Seleção Invisível”, que traz fotos e os relatos sobre a vida das 11 pessoas escaladas, dentre elas sete mulheres e quatro homens. A criação da identidade visual do projeto é assinada pelo "Instituto Máquina do Bem".

Entre as pessoas da "Seleção Invisível" está Luany Nogueira, de 29 anos, mulher trans que atualmente está no centro de acolhida Florescer.

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- Aos 23 anos eu me assumi para a minha mãe e ela não aceitou. Ela disse: "Na minha casa eu não vou querer, se você quiser ficar aqui seja direito como homem". E foi assim que eu fui morar na rua - disse Luany Nogueira.

Em atendimento, Luany bateu várias "embaixadinhas" enquanto falava da sua paixão por futebol.

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- Eu saía vestida de menina na rua e os meninos me chamavam para jogar bola. As minhas amigas lá debaixo do campinho de terra diziam: “Mas menina não joga bola!" Eu dizia: "Sou diferente!” - explicou.

Além do "artevismo", a ONG levará um grupo de pessoas em situação de rua para assistir aos jogos da Seleção Brasileira para fazer uma grande festa e socialização.

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