Papa Francisco exaltou paixão pelo futebol na própria biografia; leia
Torcedor do San Lorenzo, Papa Francisco relatou memórias sobre o esporte


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A paixão do Papa Francisco pelo futebol é amplamente conhecida, assim como sua devoção ao San Lorenzo. Essa relação estreita com o esporte ganhou destaque em sua biografia, "Esperança", que foi lançada em meados de janeiro deste ano. O Santo Padre morreu nesta segunda-feira (21) por complicações de uma pneumonia.
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No livro, Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo do Papa, compartilha memórias desde a infância até sua eleição ao mais alto posto da Igreja Católica, abordando temas como família, origens italianas e reflexões sobre a vida, sempre com espaço para o futebol.
Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco diz no livro que não era um bom jogador. Segundo trechos divulgados pelo jornal português "A Bola", ele brinca sobre sua falta de habilidade, afirmando que tinha "dois pés esquerdos" e era conhecido como "pata dura", um apelido comum para jogadores sem talento. Apesar disso, costumava atuar como goleiro e fazia uma interessante analogia entre a bola e as oportunidades da vida: quando elas vêm, é preciso agarrar. Para ele, o mais importante no futebol sempre foi proporcionar alegria às pessoas.
O livro também resgata a história de Omar Sívori, jogador que recebeu o título de 'El Pibe de Oro' antes de Diego Maradona. Sívori brilhou no River Plate e depois seguiu carreira na Europa. Curiosamente, o sobrenome do craque era o mesmo da mãe de Bergoglio, levando sua família a acreditar que compartilhavam um sangue de campeão. No entanto, o coração do jovem Jorge sempre bateu mais forte pelo San Lorenzo, time que acompanhava no lendário estádio Viejo Gasómetro. Em 2014, Maradona presenteou o Papa com uma camisa da seleção argentina com seu nome estampado, um gesto que entrou para a história.
Papa Francisco relembra sua juventude
Francisco também relembra a atmosfera do futebol em sua juventude, descrevendo-o como um esporte romântico, onde as piores ofensas a um jogador eram "vendido" ou "desgraçado". Ele também destaca uma tradição gastronômica que se seguiu por anos: independentemente do resultado da partida, uma pizza fumegante com molho picante era parte essencial da experiência.
O San Lorenzo, clube do coração do pontífice, guarda até hoje como relíquia a carteirinha de sócio de Jorge Mario Bergoglio.
Nem todas as recordações ligadas ao futebol, contudo, são felizes. No livro, o Papa lamenta a demolição do Viejo Gasómetro em 1979, ordenada pela ditadura militar argentina, e também recorda com tristeza a tragédia que vitimou a equipe do Torino, em 1949. O acidente aéreo, ocorrido em meio a uma neblina intensa, chocou o mundo ao ceifar a vida de 31 pessoas, incluindo 18 jogadores do clube italiano. O funeral reuniu meio milhão de pessoas, evidenciando o impacto da perda.

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