Paulo Calçade duvida da criação de Liga por clubes brasileiros: ‘Não acredito que vai mudar’
Comentarista da ESPN afirmou que criação é um ato político para clubes conquistarem espaço na CBF
O comentarista Paulo Calçade avaliou, durante o "Futebol na Veia" desta terça-feira, a possibilidade da criação de uma liga nacional comandada pelos clubes, proposta idealizada hoje em encontro dos dirigentes dos times da Série A. Para o jornalista, esta competição não será criada e é uma jogada para que as diretorias conquistem mais espaço na CBF.
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- Eu pergunto: a quem interessa essa situação? Você, torcedor, se pergunte, a quem interessa? Um clube mal administrado, o seu clube por exemplo, você cruzeirense, você vascaíno, você torcedor do Botafogo, você do Corinthians, a quem interessa essa situação? Se você raciocinar você vai saber um pouquinho a quem interessa. Certamente, não é os jogadores, interessa a esse sistema que domina o futebol brasileiro. Então eu não acredito que vai mudar - opinou o comentarista.
- Sabe a Superliga Europeia, embora não tenha a ver, o que fizeram os grandes da Superliga, assinaram um papel e caíram fora, aí veio a Uefa dando as paçoquinhas e as balinhas. A galera caiu fora e falou assim: "conseguimos o que a gente queria". E é o que vai acontecer aqui mas, olha, vai ser um negocinho desse tamanho - acrescentou o jornalista.
- Se eles conseguirem uma vice-presidência da CBF, eu acho que já estão felizes. Se for verdadeira a história da Liga, traga La Liga, traga Bundesliga, traga Premier League, e fale assim: "qual é o melhor sistema?" E aí, adote. Aí a gente vai acreditar - completou Paulo Calçade.
O projeto de uma liga nacional, controlada pelos clubes e que dure de fevereiro a dezembro, foi entregue nesta terça à CBF em uma carta assinada por 19 dos 20 dirigentes dos times da Série A do Brasileirão. No comunicado, os cartolas também solicitaram mudanças no estatuto da confederação.