
A advogada catarinense Larissa Natalya Ferrari, de 28 anos, registrou denúncias contra o jogador francês Dimitri Payet, do Vasco da Gama, por violência física, moral, psicológica e sexual. Segundo a mulher, os episódios ocorreram durante um relacionamento extraconjugal que durou de setembro de 2024 até março de 2025.
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De acordo com os registros de ocorrência feitos entre os dias 29 de março e 30 de abril, nas polícias Civil do Rio de Janeiro e do Paraná, Larissa pediu medida protetiva. O caso foi inicialmente registrado em União da Vitória (PR) e, segundo a Polícia Civil, encaminhado ao Rio em 3 de abril.
A vítima relatou que as agressões começaram após episódios de ciúmes por parte do jogador. Os documentos da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, descrevem ataques ocorridos entre os dias 25 de janeiro e 6 de fevereiro.
- Os primeiros sinais das agressões foram em dezembro. Eu pedi dois ingressos para Vasco e Atlético Mineiro: um para mim e um para minha amiga. E a minha amiga postou uma foto dessa cortesia sem aparecer o nome dele e publicou no Instagram. E ele ficou muito bravo comigo. Foi a primeira vez que ele me ofendeu bastante, usou pressão psicológica comigo e foi a primeira vez que a gente discutiu - afirmou Larissa ao g1.
Segundo o depoimento, após esse episódio, a conduta do jogador teria mudado.
- A partir desse dia, ele começou a comentar sobre palavras de punição, porque eu tinha decepcionado ele. Eu comecei a me sentir violada emocionalmente porque ele já começou a fazer essa pressão comigo. Na relação sexual, ele passou a me bater, pisar no meu rosto, no meu corpo. Eu ficava receosa de falar algo, porque eu sabia que aquilo era uma punição por eu ter errado e se eu não aceitasse a punição, eu poderia perder ele. Então, é, eu acabava aceitando - disse.
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O boletim de ocorrência também aponta que Payet teria feito chantagens emocionais com o objetivo de obter vantagens sexuais.
Larissa afirmou que possui transtorno de personalidade Borderline, e que o jogador tinha conhecimento da condição.
- Dimitri sabia da minha paixão e de problemas psicológicos, usando isso contra mim. Dimitri me convenceu a colocar minha cabeça no lixo, no vaso sanitário, me fez tomar minha própria urina e outras bizarrices sexuais - relatou.
A advogada relatou que deixou o Rio de Janeiro e atualmente realiza acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com uso de medicamentos controlados. Ela declarou que decidiu falar sobre o caso para ajudar outras mulheres em situações semelhantes.
Os primeiros contatos entre os dois teriam acontecido por meio do Instagram, onde o jogador pediu o número de telefone dela. Em seguida, começaram os encontros presenciais.
O Vasco da Gama informou que, por enquanto, não vai comentar o caso. O g1 procurou o agente do jogador, mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem. Payet deve ser ouvido nos próximos dias.