Um dos maiores medos dos times brasileiros nas competições continentais é, sem dúvidas, a altitude. A falta de adaptação do organismo de jogadores para jogar em alturas elevadas é, na grande maioria das vezes, um problema para os clubes do país. Mas, afinal, por que é ruim jogar na altitude?
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Os efeitos das grandes elevações no corpo humano variam proporcionalmente de acordo com o nível. Ou seja, quanto mais alto, mais prejudicial para o organismo. Isso acontece por conta do ar cada vez mais rarefeito conforme subimos (pouca presença de oxigênio), o que afeta a respiração, o coração e os músculos, entre outros. No entanto, o ser humano pode sentir a diferença só a partir dos 1.500 metros.
Apesar disso, o mais comum é que os sintomas comecem a se apresentar aos 2.000 metros de altitude. Nesta altura, é comum que o atleta sofra dores de cabeça, náuseas, tonturas, indisposição gástrica, vômitos, sensação de falta de ar, fadiga e letargia. Ademais, há maior risco de problemas cardiovasculares, principalmente entre aqueles com algum problema cardíaco prévio. É o caso de Quito, por exemplo.
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A partir dos 3.000 metros de elevação, a situação piora consideravelmente. Além de todos os sintomas citados anteriormente atingirem o corpo de forma mais forte, existe o risco de edema pulmonar. Trata-se do acúmulo de líquido no interior dos pulmões, pois o coração tem dificuldade para bombear o sangue nessas condições. La Paz é o exemplo mais tradicional de onde times podem sofrer com essa altitude.
Em alturas superiores aos 4.000 metros, como em El Alto, um novo perigo se apresenta. Somado a todos os problemas mencionados muito agravados, o risco de edema cerebral é preocupação. Entretanto, ele é mais comum em alturas acima dos 5.000 metros, atingindo alpinistas com frequência, e não existem estádios nesta altitude.