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Tio de Lucas Paquetá fica calado durante CPI das Apostas e irrita Kajuru

Senador revelou que haverá requerimento para quebra de sigilo bancário

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Romário e Jorge Kajuru fizeram perguntas à Bruno Tolentino (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá, compareceu na audiência da CPI das Apostas, no Senado. Porém, o parente do atleta optou por ficar em silêncio. Por conta disso, o senador Jorge Kajuru relevou que ele será será alvo de um requerimento para quebra de sigilo bancário e telemático.

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Bruno se aproveitou de uma decisão do STF, que concedeu habeas corpus caso ele não se pronunciasse ao atender o chamado nesta quarta-feira (30).

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- Respeito a casa, respeito a todos, mas por ordem dos meus advogados eu permanecerei em silêncio - disse Bruno Tolentino, que se manteve calado após perguntas feitas pelo senadores Romário e Jorge Kajuru.

- Por orientação dos meus advogados, ficarei em silêncio - repetiu o tio de Lucas Paquetá.

Após sucessivas tentativas frustradas, Kajuru adotou medidas mais duras com Bruno. O senador falou que haveria requerimento de imediato para quebra dos sigilos bancários e telemático de Tolentino.

CPIMJAE – CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas Paquetá
(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O tio de Lucas Paquetá foi convocado para comparecer na CPI depois que o UOL revelou que Bruno e o filho Yan fizeram dois pagamentos, que totalizaram R$ 40 mil, ao atacante Luiz Henrique, atualmente no Botafogo e que atuava no Real Bétis na época.

Para o UOL, Bruno afirmou que a transferência bancária para Luiz Henrique era pagamento de um empréstimo. O tio de Paquetá admitiu também que aposta com frequência, mas negou que recebesse informações privilegiadas do sobrinho para isso.

Jorge Kajuru revelou que teve uma conversa com Bruno nos bastidores do Senado. Tolentino teria afirmado que tudo que foi falado sobre Paquetá é "tudo mentira", porém, o tio do jogador do West Ham não quis repetir a fala na CPI.

- O senhor como um pai, é normal o senhor ficar em silêncio com todas as perguntas e ao mesmo tempo disse na sala que é tudo mentira a respeito do Paquetá? - perguntou Kajuru.

CPIMJAE – CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas
(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Ao final, o senador mandou um recado que aponta para um possível trabalho nos bastidores para poupar jogadores de irem à CPI, em Brasília.

- Meu telefone está aqui. A partir de agora, se mais uma vez, gente importante ligar para mim para pedir para não convocar fulano, beltrano, eu vou gravar e mandar para a imprensa - finalizou o presidente da CPI das Apostas.

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