Presa em bunker na Ucrânia, esposa de jogador é atacada na internet: ‘Tá reclamando demais. Se lasque ai’
Única ação do Itamaraty foi rechaçada pelo grupo que entendeu que a saída nas condições estabelecidas pelo órgão brasileiro colocaria idosos e crianças em meio ao bombardeiro
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Atacada pelo exército russo, a capital Kiev vive um drama humanitário que incluem cidadãos civis e estrangeiros residentes no país, entre eles jogadores de futebol brasileiros e seus familiares que estão pedindo socorro ao Itamaraty através do único meio disponível, os vídeos nas redes sociais. Neste sábado, a esposa de Maycon, Lyarah Vojnovic, expôs um relato de ataque virtual.
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Lyarah, que deu uma entrevista exclusiva ao LANCE! na quinta-feira e mostrou detalhes do bunker onde está confinada, vem relatando nas redes as dificuldades de alimentação dela e dos filhos e cobrando ajuda das autoridades brasileiras. Tamanha dificuldade parece não ter sensibilizado uma mulher que aparece em prints xingando e desejando que ela 'se lasque' no meio da guerra.
- Tá reclamando demais. Vai tomar no c...! Tu quer ibope. Tá reclamando demais. Pensa que vocês são quem? Pessoal já tentou ajudar vocês de todo o jeito. Vocês só reclamam. Pois que se lasquem ai - disse a mulher.
Lyarah ainda mostrou um print onde a mulher manda mensagem para ela abertamente em uma publicação.
- Já te respondi e vou te respnder de novo! Não conseguimos sair! Você não viu a mensagem da embaixada que te enviei? Ao invés de falar coloque seu joelhinho no chão e ore. - disse ela, que completou com outra mensagem.
- Espero nunca que você passe por algo parecido. Você e sua família. Acho que você não é mãe! Deus te abençoe.
Jogadores cobram ajuda do governo brasileiro
Os atletas brasileiros e seus familiares divulgaram um novo vídeo na manhã deste sábado para cobrar um posicionamento do governo brasileiro em um pedido de socorro por ajuda. Porta-voz do grupo, Marlon, zagueiro do Shakhtar Donetsk, afirmou que os mantimentos do local estão acabando. Veja no vídeo acima.
Outros membros do grupo também falaram no vídeo e reclamaram sobre a proposta do Itamaraty em conseguir um trem para deixar a capital sem o mínimo de segurança estabelecido, inclusive, deixando claro em carta aberta que a decisão de deixar o bunker seria pela conta em risco dos atletas e seus familiares.
O grupo, no entanto, acredita que a saída é inviável por causa do grande número de idosos e crianças e a insegurança de andar pela capital que está sendo bombardeada pelo exército da Rússia.
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