O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, descartou a paralisação do Campeonato Brasileiro das Séries A e B após escândalo de manipulações de apostas esportivas por partes de jogadores. O caso é investigado pela Ministério Público de Goiás e intitulado de Operação Penalidade Máxima.
- Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça - disse o presidente da entidade futebolística brasileira ao portal "Uol".
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Apesar de não concordar com a paralisação, o cartola admitiu que determinadas transações comprometem a imagem da competição. Para conter os danos, a CBF trabalha ao lado da Fifa para articular um modelo mundial de investigação de manipulação em eventos esportivos. O presidente entende que a Federação é vítima do esquema e informou como os casos são tratados.
- Quando tem isso (suspeita de manipulação), a gente encaminha para o STJD. Que os causadores sejam suspensos de acordo com as leis - alegou o cartola.
Ednaldo teve uma reunião remota na tarde desta quarta-feira com o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ronaldo Piacente, para tratar do assunto. A conversa entre CBF e o procurador-geral buscava abrir um diálogo com a entidade máxima do futebol brasileiro sobre as denúncias apresentadas até aqui.
A empresa Sports Radar é usada pela entidade para monitorar os movimentos suspeitos dentro das casas de apostas. Os casos encontrados são encaminhados para o STJD. Na investigação do MP de Goiás, 16 jogadores foram apontados como possíveis praticantes de manipulações pelas investigações.
A CBF articula uma série de medidas para tentar combater o sistema ilegal nas partidas dos campeonatos os quais organiza. Para isto, Ednaldo declarou que convocou os clubes do Campeonato Brasileiro para discutir o assunto por meio de videoconferência. O objetivo seria mostrar o que tem sido feito para combater determinada prática e discutir melhorias.