Rádio, televisão e Copa do Mundo: o início da carreira de Galvão Bueno

Renomado locutor esportivo se aposenta das narrações na TV Globo neste domingo, na final do torneio que faz parte da sua trajetória profissional desde o início

imagem cameraGalvão Bueno na época que trabalhou na TV Bandeirantes (Reprodução de TV)
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Lance!
Doha (QAT)
Dia 16/12/2022
15:08
Atualizado em 18/12/2022
06:00
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Galvão Bueno encerra a sua carreira como locutor esportivo nas emissoras de televisão neste domingo. Às 12h (de Brasília), direto do Estádio Lusail, no Qatar, ele finaliza a sua 13ª e última edição de Copa do Mundo com a final entre Argentina e França. Reconhecido, sobretudo, por ser a voz do tetra e do pentacampeonato da Seleção Brasileira na TV Globo, o narrador não começou a carreira na emissora. Nesse sentido, o LANCE! conta essa história com detalhes.

Nascido no Rio de Janeiro, o locutor de 72 anos começou a carreira de jornalista na TV Gazeta, como radialista, em 1974. Antes, ele trabalhava em uma fábrica de plásticos, longe do mundo da comunicação social.

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Logo no primeiro ano como profissional, ele participou das transmissões de jogos da Copa do Mundo disputada na Alemanha Ocidental. Com 23 anos, o jovem locutor fez os seus primeiros jogos importantes na competição.

Mas nem tudo são flores. Ainda na fase de grupos do torneio, cometeu um grande erro: escalado para o duelo entre Bulgária e Suécia, narrou passou os primeiros minutos da partida narrando como se as equipes fossem Alemanha Oriental e Austrália. Ele só viu o tamanho do erro quando a transmissão da televisão deu um close no placar do estádio.

Mesmo assim, Galvão se destacou. Em 1977, foi contratado pela Record, onde ficou poucas semanas, por conta de proposta da TV Bandeirantes. Na Copa de 1978, atuou como comentarista na equipe de transmissão do torneio. 

Dois anos depois, a Band comprou os direitos de transmissão da Fórmula 1, modalidade que marcaria a carreira de Galvão. Já como narrador na emissora, ele fez, pela primeira vez, a transmissão da categoria na TV aberta.

Em 1981, veio a proposta da Globo, onde se notabilizou como um dos maiores locutores do país. No veículo até hoje, ele se consolidou como narrador e foi a voz de um jogo de Copa do Mundo na emissora, pela primeira vez, na edição de 1982. Luciano do Valle, referência da profissão, era o narrador dos jogos da Seleção Brasileira.

Agora, Galvão se aposenta das transmissões de partidas de futebol na televisão, mas segue na Globo até os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Ele renovou contrato com a emissora e deve focar esforços nos comerciais para a TV aberta e ações nas plataformas digitais.

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