Rossi, Pulgar… Relembre jogadores alvos de críticas do grupo Flamengo da Gente
Grupo político do clube realiza diversas manifestações com relação às questões sociais dentro do esporte; possível reforço, Rossi é criticado por antiga polêmica
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O grupo político Flamengo da Gente é conhecido, sobretudo, por suas manifestações político-sociais dentro do clube. Com a possível contratação do goleiro Agustín Rossi, do Boca Juniors, o grupo de rubro-negros movimentou as redes sociais com hashtags por conta de antiga polêmica extracampo do atleta, que foi denunciado por agressão e ameaça de morte, em 2017, por sua ex-namorada.
Não é a primeira vez que o Flamengo da Gente se mobiliza para barrar um possível novo reforço. Abaixo, o LANCE! apresenta outras movimentações do grupo político contra nomes que poderiam ou jogaram no clube.
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Cuca
A primeira manifestação ocorreu em junho de 2022. Na época, o treinador Paulo Sousa havia sido desligado do clube e especulou-se o nome de Cuca, treinador multicampeão pelo Atlético-MG e com passagem pelo Rubro-Negro em 2005 e 2009.
No entanto, com a recordação de uma polêmica envolvendo o treinador em 1989, quando ainda era jogador do Grêmio, os torcedores criticaram uma possível chegada de Cuca ao clube. Há 36 anos, ele se envolveu no caso conhecido como "O escândalo de Berna", na Suíça, quando o elenco do Imortal Tricolor viajou para o continente europeu.
Durante a viagem, uma jovem de 13 anos acusou Cuca e outros três jogadores, Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges, de estupro coletivo. A acusação se transformou em condenação em 1989 - não por terem supostamente estuprado a jovem, mas porque ela tinha apenas 13 anos. Portanto, o atual treinador foi condenado, dois anos depois, a 15 meses de prisão por violência sexual contra pessoa vulnerável.
Cuca nega as acusações da jovem afirmando que "nunca levantou o dedo indevidamente ou inadequadamente para alguma mulher. Ele não cumpriu a pena porque o Brasil não extradita os seus cidadãos.
Nas redes sociais, o Flamengo da Gente recordou o caso e estimulou os rubro-negros a não aceitarem a possível chegada de Cuca, que não foi concretizada.
- Rubro-negres e torcedores que não aceitam agressores em seus times, venham conosco nesse tuitaço contra a contratação do #CucaNão pelo Flamengo! #FutebolSemAgressores - escreveu o grupo, nas redes sociais.
Rubro-negres e torcedores que não aceitam agressores em seus times, venham conosco nesse tuitaço contra a contratação do #CucaNão pelo @Flamengo! #FutebolSemAgressores pic.twitter.com/q9wcEgIliy
— Flamengo da Gente (@FlamengodaGente) June 8, 2022
Pulgar
Um dos atuais volantes do Flamengo, Erick Pulgar teve a sua contratação criticada pelos torcedores também por questões extracampo. Em 2014, ele foi julgado e condenado por atropelar um idoso e não prestar socorro. Daniel Ampuero, de 65 anos, morreu pouco tempo depois do acidente. Na época com 18 anos - completou 19 no dia seguinte ao acidente -, o chileno fugiu do local.
Pulgar não cumpriu pena privativa, mas teve que realizar serviços comunitários no Chile. A pena foi branda porque, de acordo com a Justiça, a vítima atravessou em um lugar inadequado na rua. A família do idoso tem uma ação cível contra o atleta do Flamengo.
Além disso, o atleta estava envolvido em um caso de estupro coletivo iniciado menos de um mês antes da contratação do Rubro-Negro como testemunha. A acusação do crime de violência sexual colocou a casa do jogador como local do ocorrido.
De acordo com veículos de comunicação do Chile, a jovem afirmou ter entrado em um cômodo da casa e, depois de ingerir bebidas alcóolicas, perdeu a consciência. Ainda segundo a jovem, ela acordou com sinais de estupro, além de hematomas e lesões nas pernas e na coxa.
Pulgar disse que colaboraria com a polícia para a investigação do caso e ressaltou que não estava envolvido em qualquer denúncia ou delito.
Após anunciada a contratação do atleta, em julho, o Flamengo da Gente criticou a gestão do presidente Rodolfo Landim e reafirmou a sua postura contra o caso.
- O Flamengo acabou de anunciar a contratação do chileno Erick Pulgar, atleta condenado por homicídio culposo e cujo nome está envolvido em um caso de estupro. (...) A vinda de Erick Pulgar, além de enviar mensagem clara aos torcedores acerca do endosso ao vil pacto de silêncio da masculinidade, representa um risco ético e legal para o clube e para a relação entre a torcida e o time. Prova disso é a massiva rejeição à contratação deste atleta manifestada nas redes sociais - ressaltou o grupo político.
O Flamengo acabou de anunciar a contratação do chileno Erick Pulgar, atleta condenado por homicídio culposo e cujo nome está envolvido em um caso de estupro.
— Flamengo da Gente (@FlamengodaGente) July 29, 2022
Apesar do atleta ter cumprido pena em relação ao 1° crime e ainda não ser acusado formalmente de algo em relação ao 2° pic.twitter.com/xo6O15v6j7
Críticas aos atletas acusados ou condenados por agressões no futebol brasileiro
Além das possíveis contratações criticadas pelo grupo político dentro do Rubro-Negro, o Flamengo da Gente realizou diferentes campanhas para acalorar o debate acerca da violência de gênero dentro do esporte. As ações foram feitas pouco após a polêmica do caso do atacante Robinho, condenado por violência sexual de grupo em duas instâncias na Itália, reacender no cenário nacional.
O Flamengo Ex-goleiros do Flamengo, Bruno, condenado por feminicídio de sua ex-namorada e mãe de seu filho Eliza Samúdio, e Marcelo Lomba, acusado por supostamente ter desferido um soco em sua ex-namorada.
Também foram levantadas campanhas contra o goleiro Jean, ex-São Paulo e Atlético-GO, também acusado de agredir sua ex-esposa. Atualmente no Sampaio Corrêa, Wesley Piontek foi outro nome citado. Ele foi condenado por agressão em outubro de 2019 e cumpriu pena de um ano e quatro meses, em regime aberto.
Para o Flamengo da Gente, atletas com histórico de agressão à mulheres ou outros delitos relacionados à violência não podem ocupar espaço dentro do futebol brasileiro. De acordo com o grupo político, "atletas com histórico de violência doméstica não podem ser aceitos".
Dirigentes do Rubro-Negro, Marcos Braz e Bruno Spindel estão na Argentina para tentar conseguir a liberação de Agustín Rossi, atualmente no Boca Juniors. Vale ressaltar que não existe nenhum processo judicial ou inquérito policial entre o atleta e a ex-namorada em vigor.
Além do arqueiro, o Flamengo também tenta um desfecho positivo nas negociações com o meio-campista Quintero, do River Plate.
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