Sampaoli x Neto: Justiça rejeita pedido de explicações do técnico do Flamengo
Treinador argentino processa apresentador por acusação de racismo em programa da 'Band'
A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de explicações feito pelo técnico Jorge Sampaoli, do Flamengo, ao apresentador Neto, da "Band". A solicitação foi aberta pelo argentino após o ex-jogador insinuar que o treinador foi racista durante a sua passagem anterior pelo futebol brasileiro. No entanto, a juíza Aparecida Correia, da 1ª Vara Criminal do Foro Regional de Pinheiros, entende que o comandante rubro-negro deve abrir um processo penal por delito contra a honra, e não um pedido de explicações. As informações são do "UOL".
A magistrada justificou que um pedido de explicações deve ser feito para esclarecer situações dúbias, uma medida anterior à abertura de uma ação penal. No caso, Sampaoli já havia deixado claro que se sentiu ofendido com as palavras de Neto, registradas na televisão, e ela interpretou que não era necessário que o apresentador se explicasse antes de um processo por crime contra a honra ser iniciado.
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O processo foi aberto por Sampaoli no final de abril e é referente a alegações feitas pelo apresentador no dia 18 do mesmo mês. Durante o programa "Os Donos da Bola", exibido na "Band", Neto afirmou que o argentino foi racista quando treinava o Santos.
- Ele [Jorge Sampaoli] foi racista no Santos, nunca cumprimentou ninguém, nunca falou português: ‘Por favor, não, senhor, me desculpe…". Esse baixinho idiota. Isso aí é uma vergonha, pinto pequeno, não sabe nada de bola. É uma vergonha o Flamengo contratar um cara desses - disparou, ao comentar a contratação do argentino para o comando rubro-negro.
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No mesmo dia, Neto voltou a acusar Sampaoli no programa "Baita Amigos". Dessa vez, o apresentador especificou contra quem teria sido direcionado o suposto racismo do argentino.
- Um cara que trata mal o Arzul (funcionário do Santos), que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém - disse.