‘O São Paulo foi o clube com melhor estrutura pelo qual passei’, afirma Ricardo Rocha
Convidado do 'De Casa Com o LANCE!' na última quinta-feira, ex-zagueiro diz que na época o CT do Tricolor 'não devia em nada ao Real Madrid na época' e exalta trabalho com Telê
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O ex-zagueiro Ricardo Rocha não esconde que guarda grandes lembranças como jogador com a camisa do São Paulo. Convidado do "De Casa Com o LANCE!" na última quinta-feira, o tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira recordou o que foi crucial para o seu desembarque no Morumbi no ano de 1989.
- Quando eu estava na Seleção, Careca e muitos jogadores falavam: "você tem característica de jogador do São Paulo, que tem uma estrutura grande, não deve nada a ninguém" - e, em seguida, destacou:
-E realmente o São Paulo foi melhor clube que passei em relação à estrutura. Não devia nada ao que o Real Madrid na época. Claro que o Real Madrid hoje parece a Disney, mas naquele momento, a estrutura era muito semelhante. O CT maravilhoso, era tudo organizado ali na casinha, com os "cardeais" - completou.
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O defensor também detalhou qual foi sua missão no Tricolor paulista, clube no qual chegou após ter defendido o Sporting (no qual lidou com problemas salariais).
- Quem me contratou foi o Juvenal (Juvêncio), o Leco era advogado. Eles diziam: "a gente quer jogadores campeões, que atuem como homens". No São Paulo você tinha o Cafu, o Elivélton, depois vieram Palhinha, Vitor. Foi feita uma mescla de bons jogadores com a base. O Telê colocava esta garotada. Participei de um São Paulo muito forte e a arrancada para a era vitoriosa começou com a conquista do Brasileiro para o Bragantino.
Ricardo Rocha falou sobre o convívio com Telê Santana. Além disto, apontou uma decisão da cúpula são-paulina que foi crucial para abrir caminho para a era vitoriosa.
- O Telê era autoritário, mas aquilo foi mudando aos pouquinhos. O São Paulo foi muito grande para o Telê e o Telê foi muito grande para o São Paulo. Quando perdemos aquele título de 1990 (do Brasileiro, para o Corinthians), era muito fácil mandá-lo embora. Boa parte da imprensa falava que ele era pé-frio, que depois do Brasileiro de 1971 com o Atlético-MG não tinha ganho mais nada, que teve nas mãos uma bela Seleção em 1982 e não ganhou... Seria algo que não traria impacto nem para a torcida nem para a imprensa. Ele foi mantido e comprovou que era um belo treinador - declarou.
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