Silvio Luiz foi um acontecimento
Narrador morreu nesta quinta-feira (16), aos 89 anos
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Descansa, agora, quem nunca se cansou de fazer aquilo que foi impecável e imparável. Não só por narrar até os seus últimos dias, mas porque simplesmente nunca vai parar, mesmo se acertando por aí com o senhor do tempo que arredondou o dele por aqui.
Pois Silvio Luiz é uma ideia. É a cara de pau dos arrojados, que sem óleo de peroba algum, ousam simplesmente ao fazer o simples. E balançam o capim, redondo, em um meio que vira e mexe se volta tão quadrado.
O esporte sempre foi show. E Silvio Luiz, como ninguém, sabia conduzi-lo como espetáculo.
E se todos viam uma bola alçada na área, ele bagunçava o pagode e, aí, desandava a maionese. Falava com todos, mesmo, às vezes, com dialetos poucos compreensíveis e o seu “bacofufo no caterofofo”.
Silvio Luiz foi comunicador. Ele sabia o que dizer lá em casa. Na minha, na sua e de cada um. No canal do esporte, transmitia cada modalidade de modo a chegar com clareza as mensagens passadas até mesmo para quem não era assim tão das bolas, tacos, cestas, luvas, redes e afins.
Silvio sempre foi claro, mesmo usando e abusando na medida certa de analogias, metáforas, antíteses, hipérboles e tantas outras figuras de linguagem que se possam imaginar. E, assim, passava o recado em comum que toda categoria esportiva deseja: o esporte é feito para entreter.
Minha nossa senhora. Pelo amor dos meus filhinhos. Pelas barbas do profeta. O dia 16 de maio de 2024 é um dos mais difíceis da crônica esportiva brasileira. Silvio agora vai dar um abraço no Antero, cumprimentar o Apolinho e sentar ao lado do Luciano, Juarez e Januário.
Enquanto isso, a gente fica aqui para manter a ideia que esses ícones, agora, se tornaram.
Porque um Lance! muda tudo. E Silvio Luiz sempre nos ensinou a ficar de olho nele.
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