Discreto em suas decisões, Tite não deve visitar o Planalto, em Brasília, em caso da conquista do hexacampeonato com a Seleção Brasileira no Qatar, em 2022. Segundo o portal 'ge.globo', o treinador teme que sua figura seja usada para fins políticos em ano eleitoral. Em caso de triunfo na Copa, a Seleção visitaria Jair Bolsonaro em seus últimos dias de seu atual mandato, o que pode ser prorrogado - ou não - a depender das eleições do próximo ano.
Em 2018, Tite também dispensou a visita a Michel Temer em caso de êxito brasileiro na Rússia. Seria a primeira vez que um treinador da Seleção não participa da cerimônia.
Segundo o portal, o técnico está seguro e trata a decisão como inegociável. Tite acredita que em um cenário de polarização política e ano eleitoral, o melhor a se fazer é evitar polêmicas. A escolha do treinador sustenta-se na experiência negativa vivida em 2012, quando comandava o Corinthians.
Na época, Tite posou para fotos ao lado de Lula, ex-presidente do Brasil e torcedor alvinegro. Anos depois, as imagens foram usadas para apontar a ideologia política do técnico.
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Recentemente, o filho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, disse que Tite era 'hipócrita e puxa-saco' de Lula por ser contra a realização da Copa América no Brasil.
Sobre a foto com o ex-presidente Lula, o treinador afirma se amargar da decisão até hoje.
Ainda de acordo com o 'ge', Tite não declara nomes de preferência para a disputa eleitoral do ano que vem, mas deixa claro que não concorda com a ideologia do governo Bolsonaro.
A Seleção Brasileira tenta dar mais um grande passo para garantir a vaga na Copa do Mundo de 2022. Nesta quinta-feira (11), os comandados de Tite encaram a Colômbia, às 21h30, na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 13° rodada das Eliminatórias da Copa.