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Torcida LGBTQIA+ do Corinthians repudia contratação de Cuca: ‘Vergonha’

Treinador foi anunciado pelo clube paulista na tarde desta quinta-feira

Atlético-MG x Cuiabá - Cuca
Técnico de 59 anos assinou vínculo com o Timão até o final do ano (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)

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Após comunicar a saída de Fernando Lázaro do comando técnico do Corinthians, o Alvinegro anunciou a contratação do técnico Cuca para o cargo. A chegada do treinador causou alvoroço nas redes sociais. Muitos torcedores, especialmente as mulheres e corintianos LGBTQIA+, detonaram a negociação. Uma acusação por violência sexual em 1987 gerou revolta e rejeições a Cuca na web. 

Cuca assinou contrato com o Corinthians até 31 de dezembro de 2023. Junto a ele chegam Cuquinha, seu auxiliar técnico, e Daniel dos Santos Cerqueira, analista de desempenho, que se juntarão à comissão técnica permanente do clube. O último trabalho de Cuca foi no Atlético-MG.

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No Twitter, a torcida "FieL LGBT" criticou a chegada de Cuca no Corinthians e cobrou um posicionamento das organizadas do Timão.

- Agora era a hora das “poderosas” torcida organizada se manifestar contra a contratação do Cuca.
Assim como o clube, eles não ligam para isso. Essas ações feitas pelo clube só valem para arrecadar dinheiro. Na prática é totalmente o contrário. Vergonha! - escreveu.

Ainda no Twitter, torcedores do clube mobilizaram uma hashtag contra a contratação do treinador. A tag "#ForaCuca" está entre as principais da rede social.

ENTENDA AS CRÍTICAS

A rejeição ao novo comandante do Corinthians vai além do futebol. Em 1987, em Berna, na Suíça, quando ele atuava pelo Grêmio. Cuca e outros três jogadores do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges, foram acusados por uma garota de 13 anos de estupro coletivo.

A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem supostamente estuprado a jovem e, sim, porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão, porém, ele nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

 ANDAMENTO DOS FATOS

Após longos anos, em 2004, o crime prescreveu - ou seja, por falta de maneiras de prender o acusado e por ultrapassar o limite de tempo, o processo caduca. A mancha na carreira do ex-atleta acabou sendo reavivada em 2020, quando o Santos contratou o atacante Robinho - condenado por estupro em segunda instância, na Itália.

De acordo com dados da época, a investigação policial aponta que a jovem de 13 anos foi até o hotel dos jogadores do Grêmio para pedir camisa e autógrafos da equipe. No quarto 204, dois rapazes que estavam com ela teriam sido expulsos pelo jogadores e lá teria ocorrido o crime sexual.

O caso ficou conhecido como "O escândalo de Berna". O Grêmio seguiu a tour que fazia pelo continente enquanto os atleta estavam detidos por cerca de um mês. Após o Imortal terminar a excursão com cinco vitórias e quatro empates, Felipão apontou apenas um agito emocional.

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