‘Vamos vibrar meu povão’: Dinamite relembra desfile da Tijuca de 1998

Ídolo do Vasco e Rodrigo Diamente, membro da bateria, comentaram homenagem da escola de samba que levou centenário do clube à Sapucaí. Samba virou hino da torcida

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O ano de 1998 é especial para o torcedor do Vasco. Além da conquista da Libertadores, o time da Colina recebeu uma homenagem especial no Carnaval: a escola de samba Unidos da Tijuca levou à avenida o centenário do clube. A música, histórica entre os vascaínos, virou um hino nas arquibancadas de São Januário. 

"Vamos vibrar meu povão (é gol, é gol), a rede vai balançar, vai balançar". O samba se tornou especial e os tradicionais gritos dos cruz-maltinos viraram um mantra após os gols do time alvinegro. Ao LANCE!, o ídolo Roberto Dinamite e Rodrigo Diamante, membro da bateria da Unidos da tijuca, relembraram o desfile.

- Foi um desfile emocionante, reencontrei vários amigos. Recebi carinho especial de muitos torcedores durante o desfile. Juntou samba e Vasco duas coisas que eu amo - comentou Dinamite.

Entre figuras ilustres do clube carioca, como o ex-jogadores Edmundo, Juninho Pernambucano, assim como Dinamite, e políticos como o ex-presidente Eurico Miranda, foram à noite de desfiles.

Além disso, muitos torcedores recordam até hoje a homenagem ao time que seria campeão do principal título da América naquele ano. Contudo, embora o ano tenha sido de sucesso para o time da Colina nos gramados, a Unidos da Tijuca acabou sendo rebaixada.

Edmundo era um dos destaques do time em 1998 (Reprodução/srzd.com)


Rodrigo, que é um dos componentes da escola de samba tijucana, disse que estava difícil acompanhar os ídolos do time dele durante o desfile. Porém, ele fez questão de compartilhar um fato curioso.

- Fiquei preso na bateria, então não tem como ver alguns detalhes. Mas eu vi que o Edmundo, mesmo sendo salgueirense, desfilou com a Tijuca.

O "campeão de terra e mar" chegou a ceder alguns dos troféus conquistados para que fossem levados ao desfile. Usado pelos torcedores para empurrar os atletas, a canção ficou como um marco do Carnaval.

Embora tenham mais de 20 anos daquele Carnaval, é comum a frase "Sou Vasco da Gama, meu bem" ser escutada em São januário até os dias de hoje e a homenagem foi motivo de orgulho para um time recheado de craques, liderados por Edmundo. 

Acompanhe o que disseram os entrevistados:

Como surgiu a ideia de você participar do desfile?
Roberto Dinamite: Como o enredo era sobre o Vasco, joguei praticamente toda minha vida no clube, sou um dos grandes ídolos. Aconteceu naturalmente.

O samba "De Gama a Vasco, a Epopéia da Tijuca" ficou na boca dos vascaínos. Esperava essa repercussão?
Dinamite: Foi um samba muito bonito que marcou a torcida, até hoje ele é cantando durante os jogos. Emoção pura, fico arrepiado. Vasco tem uma torcida muito apaixonada, jogar na nossa casa com essa torcida não tem nada igual. Emociona!

Sendo torcedor do Vasco, como foi participar daquele desfile histórico?
Rodrigo Diamante: Foi lindo e emocionante. Juntou minhas duas paixões, Tijuca e Vasco da Gama. A Marquês de Sapucaí toda balançando as bandeirinhas do Vasco.

Antônio Lopes era o treinador do Vasco em 1998 (Reprodução/srzd.com)

Enquanto o Vasco foi vitorioso no futebol, a Unidos da Tijuca foi rebaixada no samba...
Rodrigo: Foi a maior covardia da história do Carnaval. A escola estava toda linda e não mereceu aquela colocação.

Dinamite: Isso acontece, futebol e samba são bem parecidos. Existe uma grande disputa, nem sempre o melhor vence. A escola fez uma linda homenagem e um belo desfile, mas infelizmente não permaneceu. Como já aconteceu com outras escolas que homenagearam para grandes celebridades. Faz parte!

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