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Como a experiência do fã pode ser melhor em uma partida de futebol americano no Brasil?

Por mais que tenha evoluído com o passar dos anos, o FABR precisa pensar em maneiras para atrair ainda mais a torcida apaixonada pela NFL

Show de Intervalo Super Bowl
Dr Dre, Eminem, Kendrick Lamar, Snoop Dog e Marry J estarão no comando do show de intervalo do Super Bowl 56, em Los Angeles- (Reprodução / NFL)

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O futebol americano está evoluindo, a cada ano que passa, no Brasil. Quando a cultura do esporte começou a ser implantada por aqui, era possível ver disputas sem equipamentos de proteção e, até mesmo, com regras diferentes das que existem atualmente. E, claro, o esporte ainda era pouco atrativo para a torcida, mesmo que essa fosse apenas a família dos jogadores que estavam em campo.

Com a evolução, vieram os equipamentos, times organizados, estudos técnicos, táticos e a torcida, que passou a acompanhar ainda mais a NFL e, consequentemente, foi se tornando fã da modalidade praticada no Brasil. Mesmo que não tivesse todo o glamour e sofisticação da liga americana. O importante era poder presenciar uma partida de futebol americano que, até então, só era possível se observar pela televisão.

Atualmente, mais de uma década após os primeiros jogos de futebol americano no Brasil - o que ainda faz desta uma modalidade muito jovem no país - podemos ver projetos de construção de estádios, times estruturados idealizando a profissionalização e norte-americanos que chegam ao país na esperança de se destacarem e conseguirem continuar vivendo do que amam. Além disso, outra coisa também mudou: a forma que o fã acompanha as partidas quando estão no estádio.

Não era algo estranho uma pessoa sentar na arquibancada de um jogo de futebol americano sem entender muito bem o que está acontecendo, estando ali apenas para acompanhar algum parente. Hoje, a mentalidade dos times mudou. Foi necessário entender que é preciso muito mais do que apenas o jogo, mas sim, proporcionar uma experiência diferenciada para quem tira o dia para assistir ao FABR. E por mais que isso tenha evoluído com o passar do tempo, ainda pode melhorar muito para que passar um domingo de sol assistindo às partidas seja cada vez mais agradável.

Hoje, é possível ver ao redor dos gramados diversos Food Trucks, que ajudam a reter o público e deixá-lo mais confortável, sem ter que se locomover para consumirem algo. Ainda, narradores começaram a ser cada vez mais utilizados nos campos, que com um microfone e a caixa de som disponíveis, conseguem não só narrar o que está acontecendo no gramado, mas também, educar o público que está acompanhando, falando o que significa cada regra, o que cada time pode fazer, passando cada detalhe da partida e, claro, dando mais emoção ao espetáculo.

Mas, mesmo com essas melhorias, ainda não é possível ver um acompanhamento massivo da audiência que existe atualmente na NFL, nas partidas do futebol americano nacional. Para isso, é preciso mais.

Hoje, as transmissões realizadas nas partidas da modalidade ainda ficam abaixo do desejado. Muitas vezes, elas acontecem por apenas um celular com internet, em um único ângulo. O que traz uma experiência totalmente diferente do que o público está acostumado a ver na televisão. E isso acaba fazendo com que, quem acompanha, não se sinta instigado para continuar assistindo à partida e, quem sabe, ir pessoalmente, um dia.

Além disso, é preciso pensar na experiência do cliente. Neste caso, no fã do futebol americano. Arquibancadas, mesmo que móveis, auxiliam no conforto e visibilidade do público ao acompanhar o jogo (pasmem, existem lugares que ainda não as têm), dinâmicas, usando a torcida, valendo brindes, ajudam a distrair durante os momentos de intervalo. Tendas podem auxiliar a diminuir a exposição ao sol forte, que realmente desgasta o público.

Os patrocinadores podem fazer pontos de experiência do produto ou serviço oferecido, para que o público tenha familiaridade - e mais uma distração. Equipes de mídias sociais dos times podem interagir com o público de forma que eles passem a acompanhar, posteriormente, os perfis (e, futuramente, engajar com os patrocinadores).

A entrada dos jogadores pode ser mais criativa e interessante para que, quem acompanha, fique mais encantado. Além disso, diversas outras ações podem ser realizadas para incrementar o que é oferecido ao redor de cada partida. E, muitas delas, não acontecem unicamente com a entrada do dinheiro. Mas sim, podem ser implementadas com investimento de tempo de cada equipe ou liga organizadoras.

É claro que, para toda essa roda girar, é necessário, sim, investimento. Mas ele só virá a partir do momento que o produto se tornar cada vez mais indispensável para o público que o acompanha e essa interessância, de fato, levar um retorno significativo para as empresas parceiras. Até lá, todo capricho para que a experiência de uma partida de futebol americano no Brasil seja mais interessante, é válido.

E o papel de disseminar a modalidade por aqui não é apenas dos times e organizações. É função, também, dos jogadores e do fã, que já assiste à liga americana, e que pode começar a acompanhar torcendo pelo time que é da própria cidade ou, até mesmo, por aquele que se parece com a franquia preferida da NFL.

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